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FLAMI-N’-ASSÚ: MANIFESTO E PERSPECTIVISMO AMAZÔNICO NO MODERNISMO BRASILEIRO NA DÉCADA DE 19201 1 Artigo não publicado em plataforma preprint. Todas as fontes e bibliografia utilizadas são referenciadas no artigo. Este artigo faz parte de uma pesquisa mais ampla financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Científico-CNPq, com bolsa de produtividade em Pesquisa, processo 3130062/2020-0. O autor agradece a leitura e as contribuições dos pareceristas e o trabalho editorial dedicado ao presente artigo.

FLAMI-N’-ASSÚ: MANIFESTO AND AMAZONIAN PERSPECTIVISM IN BRAZILIAN MODERNISM IN THE 1920s

Resumo

Este artigo analisa a importância e a divulgação do manifesto literário Flami-n’-assú, de Abguar Bastos (1902-1995), como parte da construção intelectual de um perspectivismo amazônico no modernismo brasileiro na década de 1920. Para isso, buscamos analisar a formação dos grupos literários no Pará nas primeiras décadas do século XX, seu viso filosófico e suas conexões e distinções com outros projetos artísticos nacionais. Ideias de modernidade, mediadas por noções de identidade nacional, sob o ponto de vista regional, estão na base da formulação desse ideário, levando em consideração o lugar do discursivo, a ancestralidade indígena e posicionamento da Amazônia no debate a partir de uma farta experiência literária. Não se tratava de pensar a região um reduto de tradições, perdido no passado, à margem da história. Ideias de futuro, juventude, vanguarda, saber e arte indígenas fizeram parte do repertório cognitivo de sustentação “mental” e “espiritual” desse manifesto, nas contendas com o passado e da construção do presente.

Palavras-chave
Modernismo brasileiro; perspectivismo Amazônico; manifestos literários; identidade nacional; lugar discursivo

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