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O insigne pintor: Uma leitura da autobiografia poética de Vieira Lusitano1 1 Artigo não publicado em plataforma preprint. Todas as fontes e bibliografia utilizadas são referidas no artigo.

Insigne pintor: An interpretation of the poetic autobiography by Vieira Lusitano

Resumo

O artigo propõe uma análise de O insigne pintor (1780), de Francisco Vieira de Matos (1699-1783), o Vieira Lusitano. Ele realizou desenhos de Corpus Domini em Roma, por encomenda de D. Rodrigo Anes de Sá Almeida e Meneses, embaixador de D. João V junto ao Papa Clemente XI. Sob sua direção fez o desenho da procissão, que serviria de modelo para Corpus Christi de 1719 em Lisboa, e para as procissões da monarquia portuguesa. O desenho, representado por escrito em O insigne pintor, deve ser situado no contexto de reforma da procissão. Trata-se de uma interpretação da obra, que constitui uma autobiografia de um pintor, categoria que não costumava gerar autobiografias no mundo português e católico do século XVIII. A intenção é analisá-la dando ênfase ao desenho do ritual e à mudança de status do artista.

Palavras-chave
Corpus Christi; autobiografia; artista; artífice; monarquia portuguesa

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