O objetivo desse estudo foi avaliar o grupo muscular flexo-extensor do joelho de esportistas jovens que tiveram diagnóstico de ruptura completa do ligamento cruzado anterior (LCA). Dezoito joelhos de 18 atletas (14 homens e 4 mulheres) com idade média de 21,6 anos (16 - 32) foram avaliados com aparelho isocinético modelo Cybex 6000. O intervalo médio entre a lesão e a avaliação foi de 10,2 meses (2 - 48). Houve lesão meniscal associada em oito joelhos. Demais atletas com outro tipo de lesão associada, limitação ou bloqueio da amplitude articular, dor importante durante o exame e tempo de lesão com menos de dois meses foram excluídos do estudo. O parâmetro estudado foi o pico de torque (PT) e a relação flexo-extensora do PT nas velocidades angulares constantes de 60º/seg e 240º/seg . Foi realizado um aquecimento prévio com bicicleta ergométrica e adaptação com três repetições submáximas. O lado contra-lateral, que não apresentava lesão, foi usado como controle. O PT na velocidade constante de 60°/seg foi maior do que na velocidade de 240°/seg, seja nos joelhos com ou sem lesão. Não houve diferença significante entre o lado com e sem lesão, tanto a 60°/seg como a 240°/seg. O valor médio da relação flexo-extensora do PT na velocidade de 60º/seg no lado com lesão foi de 60 % (± 6) e no lado contra-lateral 57 % (±10). A 240º/seg no lado com lesão foi de 75 % (± 10) e no contra-lateral foi de 65 % (± 12). Como conclusões observou-se que os valores do equilíbrio flexo-extensor foram semelhantes na velocidade de 60º/seg, apesar da ruptura completa do LCA. À medida que ocorreu aumento da velocidade, ocorreu também um aumento da relação flexo-extensora do joelho, indicando leve tendência do grupo muscular flexor se aproximar do extensor, mais pronunciada no lado com lesão.
Avaliação isocinética; Joelho; Ligamento cruzado anterior; Esporte; Força e equilíbrio muscular
