Relata-se caso de nódulo tireoidiano parasítico em mulher branca, 53 anos, assintomática, sem antecedentes de trauma ou cirurgia, usando irregularmente L-tiroxina para hipotireoidismo decorrente de tireoidite de Hashimoto. O nódulo, situado na região pré-laríngea direita, media 1,6 x 0,7 x 0,5cm, estando separado da tireóide, conforme ultra-sonografia. Os níveis de TSH, anticorpos antitireóide peroxidase e antitiroglobulina estavam elevados, com T4-livre normal. Cintilografia da tireóide e corpo total com 99mTc isonitrila mostrou glândula tópica, sem captação no nódulo. Punção biópsia aspirativa com agulha fina demonstrou atipias nucleares e alterações oncocíticas nas células epiteliais e acentuado infiltrado linfocitário formando centros germinativos, simulando metástase linfática de carcinoma papilífero. Biópsia convencional revelou nódulo parasítico com tireoidite crônica de Hashimoto. Tratando-se de metástase de carcinoma papilífero de tireóide, tireoidectomia total e dissecção de linfonodos do grupo VI estariam indicadas. Para evitar procedimentos cirúrgicos desnecessários e seqüelas indesejáveis, deve-se sempre considerar a possibilidade de nódulo tireoidiano parasítico.
Tireóide; Nódulo parasítico; Nódulo seqüestrado; Nódulo acessório; Tireoidite crônica de Hashimoto
