Os efeitos da rejeição e da imunossupressão com ciclosporina A em retalhos epigástricos utilizados como transplantes cutâneos alógenos microcirúrgicos, foram estudados em 58 ratos, distribuídos em três grupos: Wistar-Furth isogênicos doadores e receptores; e Brown-Norway doadores e Wistar-Furth receptores, imunossuprimidos com cicloporina A(10mg/kg/dia). Biópsias dos retalhos e da pele normal contralateral utilizadas como contrôle foram colhidas no terceiro, sétimo, 15º e 30º dias pós transplante. As biópsias foram preparadas em historesina, e coradas em azul de toluidina, para avaliação do infiltrado inflamatório local, permitindo estudo quantitativo dos linfócitos infiltrantes nos retalhos. O modelo revelou-se eficiente, obtendo-se sobrevivência dos transplantes por 30 dias, de 83,3% entre animais isogênicos, e de 60% nos alogênicos sob ação da ciclosporina A. Em ratos alogênicos não imunossuprimidos houve 100% de rejeição dos retalhos, até o nono dia pós-operatório. Nos transplantes desses animais, verificou-se aumento significativo do número de linfócitos infiltrantes no terceiro dia, quando comparados aos ratos isogênicos. A linfocitose observada antecedeu os achados macroscópicos da rejeição, verificados apenas no quinto ou sexto dias.
Transplante de tecidos; Ciclosporinas