Este artigo propõe um balanço crítico da trajetória da arte engajada de esquerda no Brasil, entre 1950 e 1970, com base nos debates bibliográficos consolidados e nas revisões historiográficas mais recentes. O foco da análise recai sobre a trajetória da cultura nacional- popular e sobre as proposições estéticas desenvolvidas por artistas militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que passaram a sofrer uma grande crítica no final dos anos 1960 por outras correntes de esquerda. A partir dessa perspectiva central, analiso as lacunas e contradições no âmbito da análise historiográfica provocadas pela excessiva dependência desta em relação à memória produzida pelos sujeitos históricos em disputa.
Arte e política; Brasil: história cultural; Nacional-popular: Brasil