Ataque de sulfato em geopolímero: efeito da proporção do ligante e aditivo incorporador de ar

Resumo

Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a resistência aos sulfatos de sódio e magnésio de argamassas geopoliméricas, preparadas com diferentes proporções de ativadores alcalinos de silicato e hidróxido de sódio (Ma), teor de Na₂O em relação ao metacaulim (MK) e módulo de sílica (Ms). Além disso, um aditivo incorporador de ar também foi utilizado na tentativa de mitigar os efeitos expansivos do ataque de sulfato por 20 semanas. As propriedades de resistência aos sulfatos foram avaliadas pela mudança no comprimento longitudinal, variação de massa, resistência à compressão, resistência à tração por flexão e microestrutura. As análises MEV/EDS sugerem a formação de caminita e alteração na estrutura do gel de aluminossilicato para M-A-S-(H) em argamassas expostas aos MgSO₄, enquanto a tenardita foi indicada como produto deletério em argamassas submetidas aos Na₂SO₄. Os resultados experimentais também mostraram que a maior quantidade de Na₂SiO₃ na formulação do geopolímero contribui para uma estrutura mais densa e menor taxa de absorção de água, mas resultou em maior deterioração física e expansão após imersão em sulfato de sódio e magnésio. O aditivo incorporador de ar não minimizou as tensões geradas pelo ataque de sulfato. Em argamassas sintetizadas com Na₂O/MK = 15% e Ms = 1,5 (GEO-15-1.5) e Na₂O/MK = 22% e Ms = 1,0 e 1,5 (GEO-22-1.0 e GEO-22-1.5), as resistências à compressão foram semelhantes às amostras padrão quando imersas em MgSO₄, enquanto na solução de Na₂SO₄ o aumento na resistência foi atribuído ao refinamento temporário dos poros por cristais de sulfato.

Palavras-chave:
geopolímero; metacaulim; ataque de sulfato; aditivo incorporador de ar