Resumo
A maioria dos estudos sobre torção feitos até hoje contempla a torção pura, decorrente da aplicação exclusiva de um momento torsor em uma viga de concreto armado. Esta situação, no entanto, só é possível em laboratórios. Na prática, a grande maioria das vigas é submetida à combinação de forças de cisalhamento e torção, o que gera um estado de tensão mais complexo a ser analisado. O objetivo deste artigo é apresentar os modelos de cálculo das normas ACI 318/2014, AASHTO e ABNT NBR 6118: 2014 relacionadas ao cisalhamento e torção, e comparar alguns resultados com dados experimentais de Rahal & Collins [3[3] Rahal K. N., Collins M. P., Experimental Evaluation of ACI and AASHTO-LRFD Design Provisions for Combined Shear and Torsion, ACI Structural Journal / May-June 2003]. É mostrado que, se o valor recomendado de 45º é usado para θ, os procedimentos normativos da ACI 318/2014 para a interação cisalhamento-torção fornecem resultados semelhantes comparados aos obtidos pela ABNT NBR 6118: 2014, porém esses resultados podem ser considerados muito conservadores. Se o limite inferior de 30º for utilizado, os resultados obtidos usando os dois códigos se divergem e resultados menos consistentes serão obtidos. Este artigo conclui que, usando o valor recomendado de 36º para θ, de acordo com as recomendações da AASHTO, resultados mais consistentes são obtidos.
Palavras-chave:
torção; cisalhamento; vigas de concreto armado; ACI 318/2014; ABNT NBR 6118: 2014