Resumo
Este manuscrito apresenta um método para produzir tijolos areia-polímero motivado pela necessidade de reutilizar resíduos plásticos e reduzir a energia incorporada e a pegada de carbono associada à fabricação. O método foi pensado para ser simples: envolve um aparelho customizado que mistura e aquece simultaneamente areia seca e polipropileno granular reciclado, até que estes derretam. A mistura quente é então comprimida num molde até que o polímero endureça novamente, produzindo assim um tijolo conformado após extrusão. Tijolos com teor de polímero de 10% e 20% (isto é, em massa, PCg), foram preparados com areia fina ou areia grossa. Os vazios dos tijolos PCg = 10% foram preenchidos aproximadamente até a metade com polímero endurecido, enquanto os vazios dos tijolos PCg = 20% foram quase totalmente preenchidos. Descobriu-se que os tijolos com PCg = 20% são candidatos potenciais para a substituição dos tijolos de barro cozidos, uma vez que apresentavam níveis de infiltração bem abaixo dos limites de especificação para tijolos de barro cozidos e resistências comparáveis às relatadas para tijolos de barro cozidos. Além disso, a energia incorporada associada aos tijolos areia-polímero foi calculada em cerca de um terço daquela necessária para os tijolos de argila cozidos. Além disso, a fabricação de tijolos areia-polímero leva minutos, enquanto a de tijolos de argila cozida leva horas. Os resultados obtidos sugerem que os tijolos produzidos pelo método proposto têm potencial para substituir os tijolos de barro cozido em aplicações onde a substituição é favorável.
Palavras-chave:
compósito; plástico; polímero; sustentabilidade; resíduo