Resumos
Este trabalho apresenta os resultados de um estudo sobre as perdas de protensão, medidas "in loco", de cordoalhas engraxadas em lajes planas. Essas lajes planas, com 17 centímetros de espessura e 350 m2 de área, fazem parte de um edifício para fins hoteleiros de 16 pavimentos. As forças de protensão foram medidas por células de carga colocadas nas proximidades da ancoragem ativa e da ancoragem passiva. As medidas de forças foram feitas desde a protensão até idades de 170 dias após esse instante. Os resultados revelam um coeficiente de atrito μ igual a 0,0528 bastante próximo ao valor apresentado pela norma brasileira NBR 6118: 0,05. Nas perdas pela acomodação da ancoragem os valores apurados foram bastante similares e em termos médios, essa perda correspondeu a 5,17% da força inicial de protensão. Os valores de força medidos mostram também que a perda de tensão na cordoalha, próximo à ancoragem passiva, é menor em relação à perda na ancoragem ativa. Até a idade de 170 dias, verificou-se uma perda média de 14% da força inicial de protensão.
concreto protendido; lajes planas; cordoalhas engraxadas; perdas de protensão
This paper presents the results of "in situ" measurements of stress losses in unbonded tendons of post tensioned flat slabs. These flats slabs have approximately 350 m2 in area and are 17 centimeter thick. They are part of a 16 story high hotel building. Load cells were employed to measure the forces in the tendons; they were placed in the vicinity of the active and the passive anchorages. The forces in the tendons were monitored from the time of their straining up to 170 days afterwards. The measurements reveal a frictional coeficiente μ equal to 0.0528, a very close value to the one prescribed by NBR 6118 of 0.05. The stress loss due to the anchorage of the tendons was of 5.17% of the initial stress. The results indicate also that the remaining force near the passive Anchorage is larger in relation to the value measured in the vicinity of the active one. The total stress loss measured so far (170 days) corresponds to 14 % of the initial post-tensioning stress.
post-tensioning flat slabs; unbonded tendons; stress losses
Avaliação "in loco" das perdas de protensão de cordoalhas engraxadas em lajes planas
S. J. Soares I ; J. M. Calixto I I ; H. Chumbinho I I I
IParanasa Engenharia e Comércio S. A., sandro@paranasa.com.br, Rua Professor Magalhães Drumond 218 - 30350-000.- Belo Horizonte, MG, Brazil
IIDepartamento de Estruturas, Escola de Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais, calixto@dees.ufmg.br, Av. do Contorno 842 - 2° andar, 30110-060 - Belo Horizonte, MG, Brazil
IIIMisa Engenharia de Estruturas Ltda., misa@misaengenharia.com.br, Rua Roma 31 - 30360-680 - Belo Horizonte, MG, Brazil
RESUMO
Este trabalho apresenta os resultados de um estudo sobre as perdas de protensão, medidas "in loco", de cordoalhas engraxadas em lajes planas. Essas lajes planas, com 17 centímetros de espessura e 350 m2 de área, fazem parte de um edifício para fins hoteleiros de 16 pavimentos. As forças de protensão foram medidas por células de carga colocadas nas proximidades da ancoragem ativa e da ancoragem passiva. As medidas de forças foram feitas desde a protensão até idades de 170 dias após esse instante. Os resultados revelam um coeficiente de atrito μ igual a 0,0528 bastante próximo ao valor apresentado pela norma brasileira NBR 6118: 0,05. Nas perdas pela acomodação da ancoragem os valores apurados foram bastante similares e em termos médios, essa perda correspondeu a 5,17% da força inicial de protensão. Os valores de força medidos mostram também que a perda de tensão na cordoalha, próximo à ancoragem passiva, é menor em relação à perda na ancoragem ativa. Até a idade de 170 dias, verificou-se uma perda média de 14% da força inicial de protensão.
Palavras-chave: concreto protendido, lajes planas, cordoalhas engraxadas, perdas de protensão.
Texto completo disponivel apenas em PDF.
Full text avaliable only in PDF.
- [01] LOUREIRO, G. J., Projeto de Lajes Protendidas com Cordoalhas Engraxadas, VI Simpósio EPUSP sobre Estruturas de Concreto, São Paulo, 2006.
- [02] SOARES, S. J. Avaliação "in Loco" das Perdas de Carga de Cordoalhas Engraxadas em Lajes Lisas, Belo Horizonte, 2005, Dissertação de Mestrado, Escola de Engenharia - Universidade Federal de Minas Gerais, 64 p.
- [03] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento - NBR 6118, Rio de Janeiro, 2003, 221 p.
- [04] BELGO BEKAERT ARAMES S. A., Fios e Cordoalhas para Concreto Protendido, Catálogo Técnico, http://www.belgo.com.br
- [05] LYN, T. Y. e BURNS, N., Design of Prestressed Concrete Structures, John Wiley & Sons, 3a edição, 1981, 646 p.
- [06] CAUDURO, E. L., Manual para a Boa Execução de Estruturas Protendidas usando Cordoalhas de Aço Engraxadas e Plastificadas, 2a edição, 2002, 109 p.
- [07] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT), Execução de Estruturas de Concreto - Procedimento, NBR 14931, Rio de Janeiro, 2003, 40 p.
- [08] COLLINS M. P., e MITCHELL, D., Prestressed Concrete Basics, Canadian Prestressed Concrete Institute, 1a edição, 1987, 614 p.
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
18 Set 2014 -
Data do Fascículo
Set 2008