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Water-contact patterns and risk factors for Schistosoma mansoni infection in a rural village of Northeast Brazil

Padrões de contato com água e fatores de risco para a infecção por Schistosoma mansoni em localidade rural do nordeste brasileiro. A esquistossomose mansônica na localidade de Serrano, município de Cururupu, Estado do Maranhão, Brasil, é uma endemia de difícil controle. Desde 1979, o PECE tem logrado reduzir a prevalência de infecção pelo S. mansoni e das formas graves da doença. Na tentativa de identificar os fatores de risco responsáveis pela persistência da infecção, realizou-se, em novembro de 1995, um censo na localidade e, através de amostragem sistemática, aplicou-se questionário domiciliar a 294 pessoas de todas as idades. Neste inquérito domiciliar do tipo seccional, estudou-se dados socioeconômicos, demográficos, variáveis ambientais e de saneamento e indagou-se sobre os padrões de contato com a água. Realizou-se exame de fezes pelo método de Kato-Katz. A prevalência da infecção foi de 24,1%, maior no sexo masculino (35,5%) e na 2ª década de vida (36,6%). A prevalência da infecção esteve associada com extração de juçara e/ou buriti (Razão de Prevalências - RP = 2,92), deslocamento (RP = 2, 55), banho (RP = 2, 35), pesca (RP = 2,19), caça (RP = 2,17), criação de animais (RP = 2,04), atividade de colocar mandioca n’água (RP = 1,90) e lazer (RP = 1,56). Após o ajuste para fatores de confusão através da regressão de Cox modificada por Breslow, sexo masculino, contato com água de rio ou igapó, realizar atividades de extração de juçara e banho de rio foram os fatores que restaram associados com a infecção, sendo prioritários no estabelecimento das medidas de controle


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