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Agentes fúngicos em diferentes sítios anatômicos nos Serviços de Saúde Pública em Cuiabá, Mato Grosso, Brasil

INTRODUÇÃO: Contribuição sobre o perfil epidemiológico regional referente aos agentes fúngicos mais freqüentes nos Serviços de Saúde Pública em Cuiabá-MT, incluindo policlínicas e hospitais universitários. MÉTODOS: Foram examinados 1.496 espécimes clínicos colhidos a partir de 1.078 pacientes, os quais foram submetidos ao exame direto (potassa e/ou fita gomada) e cultivos em meios específicos. Os agentes foram identificados segundo micromorfologia (técnica de Ridell). RESULTADOS: Os 1.496 espécimes foram relacionados na maioria a exames de pele (n = 985), e unhas (n = 472). Dos 800 cultivos positivos, 246 (30,8%) corresponderam a dermatófitos, 336 (42%) a leveduras do gênero Candida, 190 (23,7%) a outras leveduras, 27 (3,4%) a fungos filamentosos não dermatofíticos e um (0,1%) a agente de micoses subcutâneas. Lesões consideradas primárias compareceram em maior número (59,5%), comparadas as recidivantes (37,4%). Foi observada maior positividade em membros inferiores e superiores. CONCLUSÕES: Co-morbidades, quadros alérgicos e diabetes mellitus representaram condições associadas à maior positividade em exames micológicos diretos e cultivos. O cultivo positivo foi considerado como diagnóstico definitivo de infecção fúngica, e confirmou 47,8% de hipóteses diagnósticas.


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