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Tuberculose em pacientes transplantados renais

Tuberculose (TB) foi diagnosticada em 25 de 466 pacientes submetidos a transplante renal. A TB surgiu entre 1 mês e 9 anos pós-transplante. O pulmão foi acometido em 76% dos casos, isoladamente (56%), ou associado a outras localizações (20%). Os outros órgãos envolvidos foram: pele, articulações, testículos, trato urinário, sistema nervoso central e linfonodos. O diagnóstico foi confirmado por biópsia em 64% dos casos, pela identificação do bacilo em 24% e apenas à necrópsia em 12%. Três formas histológicas foram identificadas: exudativa (nos casos de aparecimento precoce e de maior gravidade) granulomatosa (naqueles benignos e de aparecimento tardio) e mista (naqueles intermediários). As doses de azatioprina foram constantes ao longo do período pós-transplante, tanto no grupo tuberculoso como no controle, bem como nos pacientes tuberculosos que faleceram e que se curaram. O número de crises de rejeição tratadas foi maior no grupo TB do que no grupo controle. As doses de prednisona e o número de crises de rejeição foram maiores nos pacientes tuberculosos que faleceram do que naqueles que sobreviveram. Quinze pacientes se curaram e 10 faleceram, oito de causas relacionadas à TB, Seis destes óbitos ocorreram nos 6 primeiros meses pós-transplante. Em um paciente a TB foi transmitida pelo enxerto.


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