O estudo clínico e epidemiológico do caso de uma criança, com quarenta dias de idade, que apresentava quadro diarréico e desenvolvimento insuficiente desde o nascimento, conduziu ao diagnóstico coprológico de ascaríase e à hipótese de tratar-se de uma infecção congênita. O tratamento específico, com levamizol, produziu cura clínica e parasitológica, e um ganho de peso pelo qual a criança logo alcançou os níveis normais para a idade. O parasitismo materno havia sido diagnosticado dois meses antes do parto e foi confirmado, plenamente, por ocasião do inquérito epidemiológico que realizamos. As razões para se admitir a hipótese de transmissão congênita são apresentadas no trabalho.