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Diversidade genética e resistência aos antimicrobianos de amostras de enterococos isoladas na região Sul do Brasil

Foram estudadas 455 amostras de enterococos isolados de pacientes moradores da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, durante o período de julho 1996 a junho 1997 e foram identificados ao nível de espécies por testes fisiológicos convencionais e analisados sua susceptibilidade aos agentes antimicrobianos. A diversidade genética foi avaliada por eletroforese de campo pulsado ("pulsed-field gel electrophoresis", PFGE) com a enzima de restrição SmaI. A espécie mais freqüente encontrada foi o Enterococcus faecalis (92,8%). As outras espécies identificadas foram: E. faecium (2,9%), E. gallinarum (1,5%), E. avium (1,1%), E. hirae (0,7%), E. casseliflavus (0,4%), E. durans (0,4%) and E. raffinosus (0,2%). A prevalência de amostras com níveis elevados de resistência (HLR) aos aminoglicosídeos foram de 37,8%. HLR para gentamicina foi encontrada em 24,8% das amostras. Nenhuma amostra com resistência adquirida à vancomicina foi isolada. A análise através de PFGE revelou a predominância do grupo clonal A, constituído por amostras isoladas de diferentes materiais clínicos obtidos de pacientes internados em três hospitais. Esses resultados sugerem a disseminação intra e inter-hospital de um clone predominante, composto por amostras de E. faecalis apresentando níveis elevados de resistência a gentamicina, nos hospitais incluídos neste estudo.


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