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Febre amarela silvestre: estudo clínico e laboratorial, enfatizando a viremia, de um caso humano

Os autores estudaram um caso humano de febre amarela silvestre, sob os aspectos clínico, laboratorial e epidemiológico. O paciente apresentava febre (39ºC), calafrios, sudorese, cefaléia, dor lombar, mialgia, dor abdominal em epigástrio, náuseas, vômitos, diarréia e prostração. Relatava permanência em área onde foram constatados casos de febre amarela silvestre e não havia histórico de vacinação anterior. Frente às suspeitas que levaram à investigação do vírus da febre amarela, foram colhidas várias amostras de sangue no curso da doença. As amostras do 5º, 7º e 10º dias foram submetidas a provas de isolamento e quantificação do vírus, o que possibilitou o estudo da viremia. Empregando-se os testes de MAC-ELISA (detecção de IgM), Fixação de Complemento (FC), Inibição de Hemaglutinação (IH) e teste de Neutralização (N), foi observada a resposta imune para anticorpos específicos nas amostras do 7º ao 26º dias. Os resultados mostraram que no 5º e 7º dias havia persistência da fase virêmica, com títulos elevados. Ao término desta fase, com o aparecimento de anticorpos específicos, foi observado um agravamento do quadro clínico, com sangramento de mucosas. Os autores alertam para a possibilidade de ocorrerem epidemias urbanas em áreas com alta infestação de Aedes aegypti.


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