Com objetivo de observar os efeitos da infecção parasitária na biologia de B. tenagophila, foram realizadas infecções experimentais em populações de campo e laboratório, ambas procedentes de Itariri, Vale do Ribeira, Brasil. Cada molusco recebeu 10 miracídios de Schistosoma mansoni (linhagem SJ), sendo observado durante o desenvolvimento dos parasitos. As variáveis biológicas foram comparadas segundo os critérios "grupo" e "fase de infecção". Os principais danos decorrentes do parasitismo se manifestaram na reprodução, na longevidade e em lesões na concha dos moluscos na fase patente. Foi encontrada uma taxa de infecção de 58,8%. O estudo microanatômico da glândula digestiva e do ovoteste do molusco revelou a presença de formas larvárias em evolução e cercárias. Concluiu-se que os efeitos da infecção parasitária, sobre as duas populações, foram moderados, uma vez que os danos não impediram a reprodução e a eliminação de cercárias que se manteve por um longo período, apesar da baixa sobrevivência dos moluscos parasitados.