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Esquistossomose pulmonar experimental: falta de evidência morfológica de modulação nos granulomas esquistosomóticos pulmonares

Em camundongos submetidos à ligadura parcial da veia porta e infecção pelo Schistosoma mansoni, os granulomas periovulares apareceram em grande número nos pulmões, comprovando a validade do modelo de Warren. Histologicamente os granulomas eram representados por agregados celulares compactos no seio de escasso estroma. Os macrófagos (células epitelióides) e eosinófilos eram os elementos celulares predominantes, vindo em seguida os linfóticos e plasmócitos. Ultraestruturalmenle, as células do granuloma exibiam íntimo contacto de suas membranas, com varios pontos de adesão, mas sem formar estruturas juncionais mais específicas. Os granulomas formados em torno a ovos maduros tinham tamanho, forma e composição celular similares após 10, 18 ou 25 semanas de infecção. Este aspecto contrastava com o que aparecia nos granulomas hepáticos os quais exibiam a clássica modulação. Os granulomas que envolviam as paredes arteriolares exibiam proliferação muscular, endotelial, com formação de novas vias vasculares e fibrose. As diferenças morfológicas observadas nos granulomas formados em diferentes locais e órgãos apontam para a importância de se considerar fatores locais (estromais) no determinismo dos padrões das respostas inflamatórias.


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