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PARACOCCIDIOIDOMYCOSIS AND AIDS: REPORT OF THE FIRST TWO COLOMBIAN CASES

Relato dos dois primeiros casos de pacientes colombianos com AIDS e paracoccidioidomicose. Os pacientes, ambos masculinos, não tinham conhecimento do fator de risco por HIV, embora tivessem no passado trabalhado no campo onde poderíam ter sido infectados por fungos. Eles tiveram o tipo juvenil da doença em vários orgãos com sintomas de curta duração. Eles estavam profundamente imunodeprimidos, com menos de 100 CD4 T linfócitos por mL; todavia, os testes sorológicos revelaram anticorpos circulantes anti-Paracoccidioides brasiliensis em um dos pacientes e os primeiros indícios diagnósticos vieram destes testes. Em um caso, a micose precedeu o diagnóstico da AIDS enquanto que no outro, ambas patologias foram descobertas simultaneamente. A terapia antimicótica com itraconazole, foi dada por 10 meses, começando com 200mg/dia e seguida por 100 mg/dia: foi notada pronunciada melhora nos sintomas e sinais da micose, sem recorrência. A melhora dos pacientes provavelmente também foi devido à combinação do tratamento retro-viral que foi ministrado. Embora rara a associação de AIDS com paracoccidioidomicose, médicos que atuam em áreas endêmicas devem considerar a presença de micoses em pacientes imunodeprimidos como diagnóstico imediato e instaurar o tratamento combinado antimicótico/antiretroviral,que resultaria em melhora e sobrevivência dos pacientes. Parece que é possível que o tempo de sobrevida longo visto nestes pacientes com AIDS dará tempo para o fungo quiescente ressurgir, multiplicar e produzir a doença de forma expressiva.


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