O presente trabalho avalia a sensibilidade, especificidade e eficiência da imunodifusão dupla (ID), contraimunoeletroforese (CIE), reação de fixação de complemento (FC) e imunofluorescência indireta (IFI) no diagnóstico da paracoccidioidomicose. Os pacientes portadores da micose, virgens de tratamento, tiveram o diagnóstico confirmado por exame micológico e/ou histopatológico. Utilizou-se como antígenos o filtrado de cultura da fase leveduriforme do Paracoccidioides brasiliensis para os testes de ID, CIE, FC e suspensão de células leveduriformes de "pool" de cepas do mesmo fungo para o teste de IFI. O estudo foi realizado em 4 grupos de indivíduos: 46 com paracoccidioidomicose ativa (sem tratamento), 22 com outras micoses profundas, 30 com outras doenças infecciosas (tuberculose e leishmaniose tegumentar) e 47 controles normais. Os valores de sensibilidade, especificidade e eficiência foram obtidos de acordo com a metodologia utilizada por GALEN & GAMBINO (1975). Os resultados revelaram que os testes de precipitação em gel de agar e agarose, representados pela ID e CIE foram os melhores, apresentando maior sensibilidade (91,3% e 95,6%, respectivamente), máxima especificidade (100%) e os maiores valores de eficiência quando comparados à FC e IFI. Tais resultados confirmam dados obtidos por LONDERO et al. (1981), SIQUEIRA (1982), CANO & RESTREPO (1987), entre outros.