Culturas primárias de queratinócitos humanos foram incubadas com veneno de aranha Loxosceles gaucho, que possui atividade esfingomielinase D, responsável por lesão dermo-necrótica nos acidentes humanos. As células das culturas primárias foram agredidas com o veneno em doses crescentes de 10 ng/mL a 2 µg/mL. No sobrenadante das culturas agredidas com 100 ng/mL, 500 ng/mL, 1 e 2 µg/mL da toxina, foi pesquisada a presença de TNF-<FONT FACE="Symbol">a</FONT> através de bioensaio e ELISA. Com 100 ng/mL, foi detectado TNF-<FONT FACE="Symbol">a</FONT> no sobrenadante após 6 h, no bioensaio; usando o teste de ELISA, detectou-se a citocina no sobrenadante de células agredidas com doses de 1 µg/mL, após 6 e 12 h. Os resultados apontam para a capacidade deste veneno em ativar os queratinócitos em cultura, levando-os a produzir TNF-<FONT FACE="Symbol">a</FONT>. É provável que a produção de citocinas ative as células endoteliais, auxiliando na localização do processo inflamatório.