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Análise clínica e epidemiológica dos pacientes com HIV/AIDS internados em um Hospital de Referência na Região Nordeste do Brasil

A epidemia de AIDS tornou-se um fenômeno mundial de grande magnitude e extensão, transformando profundamente a prática médica e as iniciativas em saúde pública. O estudo retrospectivo analisou as características clínicas e epidemiológicas dos pacientes com HIV/AIDS internados no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella, Teresina, Piauí, Brasil, de janeiro de 2001 a dezembro de 2004 . Dos 828 pacientes, 43% eram provenientes de outros estados e 71,3% eram do sexo masculino. A idade média foi 35,4 ± 11,5 anos. Eram analfabetos ou cursaram até o ensino fundamental 85,5%. A principal via de exposição ao HIV foi o comportamento heterossexual (54,1%), enquanto o uso de drogas injetáveis foi observado em apenas 2,7% dos casos registrados. As complicações infecciosas mais freqüentes foram candidíase (42,4%) e pneumocistose (22,2%). Foram computados 68 casos de leishmaniose visceral. Em análise multivariada, idade acima de 40 anos, portadores de tuberculose, pneumonia por Pneumocystis carinii, neurocriptococcose associaram-se a maior risco de evolução para o óbito. Predominaram, neste estudo, adultos jovens do sexo masculino, com baixa escolaridade, tendo como infecções oportunistas mais freqüentes candidíase e pneumocistose.


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