A esquistossomose apresenta-se clinicamente em três formas distintas: dermatite cercariana, esquistossomose aguda ou febre de Katayama e esquistossomose crônica. Há na literatura relatos de complicações da fase aguda. A ausencia de um marcador sorológico simples e confiável tem dificultado o diagnóstico precoce e, como consequência, o tratamento adequado de pacientes na fase aguda da doença. Recentemente, o teste de ELISA, realizado com o antígeno KLM (hemocianina do caramujo Megathura crenulata), tem se mostrado util na identificação dos pacientes com febre de Katayama. Evidências clínicas e experimentais apontam no sentido de uma ação sinérgica entre os corticosteróides e os esquistossomicidas no tratamento da esquistossomose toxêmica. Neste artigo, alguns aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos da esquistossomose aguda são atualizados.