Um dos maiores problemas no desenvolvimento de metodologia para detecção de antígenos e anticorpos do vírus da hepatite delta (VHD) tem sido a fonte de antígenos, uma vez que fígados humanos e de animais infectados pelo VHD são de difícil obtenção e baixo rendimento Ao uso de soro de pacientes na fase aguda da infecção pelo VHD, como fonte de antígenos, associamos a técnica imunoenzimática, com finalidade de facilitar o manuseio e economizar antígeno. O antígeno delta foi obtido a partir do soro de indivíduo na fase aguda de infecção por VHD e o anticorpo a partir de soro de portadores crônicos de VHD. Para a detecção do antígeno foi empregado o método "sanduíche" e para a detecção do anticorpo um ensaio tipo competição. Visando testar a especificidade e a sensibilidade relativas do novo método de detecção de anticorpo, foram feitas comparações do mesmo com radio-imunoensaio comercial (C-RIE, Lab. Abbott) e um radio-imunoensaio desenvolvido na Unité 271-INSERM de Lyon, França (NC-RIA). Soros de 42 pacientes foram testados pelos três métodos, sendo observados resultados discrepantes em apenas 2 casos. Os autores concluem que: 1) soros de pacientes na fase aguda e crônica da infecção pelo VHD podem ser usados como fonte de antígeno e anticorpos em ensaios imunológicos 2) o EIE e o RIE tem especificidade e sensibilidade relativas comparáveis 3) o EIE é de fácil execução, mais barato, não poluente, tem vida útil maior, além de proporcionar economia de antígeno.