Angiostrongylus costaricensis é um nematódeo parasita de roedores silvestres. Várias espécies de vertebrados incluindo o homem, podem se infectar pela ingestão das larvas de terceiro estágio (L3) produzidas no hospedeiro intermediário, geralmente lesmas da família Veronicellidae. Existe um relato do diagnóstico de angiostrongilíase abdominal em Canis familiaris com lesões semelhantes ao encontrado na doença humana. Visando uma avaliação preliminar da utilidade do modelo canino para estudos de patogenia, um cão foi inoculado com 75 larvas L3 do A. costaricensis. O animal se infectou e larvas de primeiro estágio foram encontradas nas fezes até 88 dias após a inoculação, às vezes em número muito elevado (9,5 x 10(4) L1/g). Não foram detectadas manifestações clínicas ou significantes lesões nos intestinos. Estas são indicações de que cães possam ser hospedeiros reservatórios do A. costaricensis.