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O tratamento com mebendazol não está associado a migração distal de adultos de Angiostrongylus costaricensis na infecção experimental murina

Angiostrongilíase abdominal é uma zoonose causada por um metastrongilídeo intra-arterial, o Angiostrongylus costaricensis. Infecção acidental humana pode resultar em doença abdominal e o tratamento com anti-helmínticos é contra-indicado pela possibilidade de agravamento das lesões com a excitação ou morte dos vermes intra-vasculares. Para avaliar o efeito do mebendazole sobre a localização dos vermes, camundongos Swiss machos, com 5 semanas de idade foram infectados individualmente com 10 larvas de terceiro estágio. Doze deles foram tratados 22 dias após a infecção, com mebendazole, na dose de 5 mg/kg/dia, por 5 dias consecutivos. Igual número de camundongos infectados, não tratados e um terceiro grupo de animais não infectados e não tratados, serviram como grupos controles. À necrópsia observaram-se os seguintes resultados: a proporção de vermes adultos encontrados na artéria mesentérica do ceco e cólon foi de 80% no grupo C e 92% no grupo T. A proporção de vermes adultos encontrados na aorta torácica foi de 10% no grupo C e de 8% no grupo T. No grupo C, 10% dos vermes também foram encontrados na veia porta e na artéria esplênica. Estes resultados indicam que o mebendazole não induz migração ectópica ou distal do Angiostrongylus costaricensis.


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