No período de janeiro de 1992 a dezembro de 1994, foram obtidas culturas positivas para M. tuberculosis e foram realizados testes de sensibilidade a drogas em 228 pacientes atendidos no Centro de Referência DST/AIDS-SP. Através da revisão dos prontuários de todos os casos verificamos resistência a uma ou mais drogas em 47(20.6%), dos quais 25(10.9 %), que relatavam tratamento pregresso, foram considerados como portadores de resistência adquirida. Dos antecedentes investigados, somente os fatores tratamento prévio e alcoolismo foram independentemente associados à ocorrência de resistência. A sobrevivência dos pacientes portadores de cepas resistentes foi menor que a dos pacientes acometidos por M. tuberculosis não resistentes. Concluimos que nesta casuística a resistência do M. tuberculosis aos tuberculostáticos foi predominantemente do tipo adquirida.