Apresentamos as espécies e serovars mais frequentes dos microorganismos enteropatógenos entre 1985 e 1990 em Rosario. Escherichia coli enteropatogênica (EPEC) foi a que predominou, afetando 144/570 (25,2%) crianças; 0111 representou 41,8%, 055 13,6%, 0119 12,7%. Entre as E. coli enterotoxigênicas (ETEC), ETEC-ST 0128:H21 e 0153:H45 foram as mais frequentes. Entre os 570 pacientes, Shigella spp. foi diagnosticada em 50 (8,8%); S. flexneri 7%, principalmente do tipo 2 (59,5%), S. sonnei 1,6% e S. dysenteriae tipo 2 (1%). Foram encontrados Campylobacter spp em 6,1% dos pacientes; C. jejuni 4,6%, C. coli 1,4% e C. lari 0,2%; exceto os grupos 0 13/50 e 0 4 (dois de cada um), não foram encontrados serogrupos predominantes. Salmonella foi encontrada em 2,8% dos casos, sendo o serovar S. typhimurium o predominante até 1986, mas desde 1987, foi observado um aumento importante de casos por S. enteritidis. Houve 1,9% de Aeromonas spp e dois casos por Vibrio cholerae não 01. Não se encontrou Yersinia spp. Nos pacientes com gastroenteritis por Shigella, Campylobacter, Salmonella e EPEC como único patógeno, foram observados leucocitos nas feses de 70%, 50%, 20% e 10% dos casos respectivamente.