Estudamos a susceptibilidade à Leishmania (Viannia) panamensis em linhagens de camundongos BALB/c, DBA/2J, CBA/HJ e C57BL/6. Os camundongos da linhagem C57BL/6 eram resistentes, apresentando lesões autolimitantes na pata. Os das linhagens BALB/c e DBA/2J eram suscetíveis, apresentando edema na pata, evidente aos 20 dias pós-infecção que progrediu para uma lesão tipo tumoral nas fases tardias. Os animais da linhagem CBA/HJ apresentaram resistência intermediária. Em contraste a outros modelos de leishmaniose cutânea murina, a lesão nos camundongos infectados pela L. (V.) panamensis mostrou ser restrita ao local de inoculação na pele. Estudamos também o desenvolvimento de resposta celular e anticorpos anti-Leishmania nas linhagens BALB/c c C57BL/6. A resposta proliferativa de células do linfonodo a antígenos de L. (V.) panamensis foi bifásica em ambas as linhagens. Uma resposta inicial foi observada com 20 dias de infecção, seguida por uma fase refratária entre 40 e 80 dias e uma segunda resposta ao redor do quarto mês de infecção. A resposta nesta segunda fase estava mais alta na linhagem C57BL/6 do que na BALB/c. Por outro lado, os camundongos BALB/c apresentaram níveis de anticorpo anti-Leishmania muito mais elevados que os da linhagem C57BL/6. O modelo e a correlação das variáveis imunológicas com o curso da infecção são discutidos.