Com o objetivo de iniciar um estudo sobre a neurocisticercose no Sul do Brasil, foi verificada a porcentagem de casos suspeitos de neurocisticercose em tomografia computadorizada de crânio (TCC) em Santa Maria, entre janeiro de 1997 e dezembro de 1998. Os resultados mostraram que entre 6300 TCC realizadas no Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo, 80, isto é, 1,27% eram suspeitas de neurocisticercose. Constatamos que 50 eram mulheres (62,5%) e 30 homens (37,5%). A manifestação radiológica mais freqüente para indicar neurocisticercose foi a calcificação (isolada ou associada) com 95% (76 casos), enquanto a presença de lesões hipodensas foi de 5% (4 casos). Após a análise de rotina cada TCC foi avaliada novamente e a suspeita confirmada. A porcentagem de casos suspeitos de neurocisticercose em TCC em Santa Maria foi considerada baixa (1,27%). Este fato pode ser explicado porque o Tomógrafo não é acessível a uma grande parte da população, pois o serviço é privado. Nós acreditamos que este estudo pode alertar a população e os médicos, mostrando que a neurocisticercose é uma doença mais freqüente que os poucos diagnósticos realizados no nosso meio.