Este artigo propõe-se a descrever, a partir de uma revisão bibliográfica, alguns possíveis eixos da problemática sobre a noção de "feminização da pobreza" e sua utilização no campo das políticas sociais. Situa, brevemente, os antecedentes do conceito de feminização a partir de sua emergência, no contexto dos Estados Unidos, no final dos anos 1970 e sua expansão como diagnóstico para América Latina durante os anos 1990. Depois, descrevem-se algumas definições representativas de seus usos, sentidos circulantes e a relação com o conceito de chefatura feminina do lar. Para concluir, são apresentadas duas leituras alternativas presentes na bibliografia revisada, que irão permitir uma aproximação à problemática da pobreza desde uma perspectiva mais complexa e que, por sua vez, considere este gênero de modo relacional e integrado aos processos sociais mais amplos.
Gênero; Pobreza; Discurso; Política social