Resumo
O artigo tem como objetivo analisar as formulações de Florestan Fernandes sobre o mito da democracia racial brasileira e problematizar os dados recentes sobre desemprego, encarceramento e homicídios no Brasil com base na referida fundamentação teórica. Trata-se de uma análise bibliográfica e documental derivada de projeto de pesquisa desenvolvido em uma rede de pesquisadores da área da Educação. Conclui que um dos desafios éticos e políticos para a ruptura com o capitalismo encontra-se na crítica ao mito da democracia racial que, encobrindo a intolerância racial e mantendo uma superpopulação excedente excluída ou incluída de forma subalternizada no mercado de trabalho, expressa a sua funcionalidade na ordem burguesa, particularmente em um país capitalista dependente como o Brasil.
Palavras-chave:
Capitalismo dependente; Luta de Classes; Democracia racial