Resumo
Este artigo tem como objetivo caracterizar os processos de acumulação por despojo que têm afetado o agro chileno tendo como referências centrais os processos de Reforma Agrária e Contrarreforma Agrária. Metodologicamente, a pesquisa documental foi realizada com abordagem qualitativa de textos acadêmicos, legislação e relatórios técnicos por órgãos governamentais e privados. Os resultados identificam a base do desapropriamento nas violações dos Direitos Humanos e na perda do papel protetor do Estado em benefício do setor privado; e analisam os efeitos econômicos, sociais, culturais e ambientais gerados a longo prazo. Conclui-se que o agro chileno apresenta evidências de acumulação capitalista a partir de processos por despojo de seus recursos naturais, cujos resultados são a liberalização do mercado agrícola, o acesso acelerado do capital privado aos territórios rurais com produção agrícola tradicional e a crescente concentração de propriedade em torno dos circuitos agroindustriais e florestais.
Palavras-chave:
Acumulação por despojo; Territórios agrários chilenos; Reforma Agrária; Contrarreforma Agrária