Objetivo:
identificar a opinião de pais ou responsáveis por adolescentes com diagnóstico de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade sobre a exposição desses como perpetradores ou vítimas de situações de violência, no convívio familiar ou fora desse.
Método:
estudo qualitativo com uso da história oral temática. Participaram 9 pais de 7 adolescentes com transtorno de déficit de atenção com hiperatividade. Os dados foram coletados de abril a setembro de 2013, utilizando-se entrevista temática. As entrevistas foram gravadas, realizadas em horários combinados nas residências dos participantes, com duração média de 30 minutos. Os achados foram submetidos à análise temática indutiva.
Resultados:
a análise dos dados permitiu identificar a ocorrência de "conflitos no convívio familiar" e "conflitos no contexto da escola e da comunidade". Os pais relataram o envolvimento dos filhos como vítimas, perpetradores e testemunhas de violências físicas e psicológicas, e a dificuldade deles e da escola em entender e manejar essas situações.
Conclusão:
ocorre violência nas relações interpessoais dos adolescentes com transtorno de déficit de atenção com hiperatividade. A comunicação entre profissionais da saúde, da escola e famílias é deficiente. O enfermeiro, mediante a sistematização da assistência de enfermagem, pode planejar estratégias que articulem as redes de apoio e as relações interpessoais dos adolescentes com o transtorno (família e escola).
Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade; Adolescente; Família; Violência