RESUMO
Objetivo:
Este estudo descreve o desenvolvimento da história de medicação a partir dos prontuários médicos para medir os fatores associados aos erros de medicamentos em pacientes com doenças crônicas, em Diamantina, Minas Gerais.
Métodos:
Estudo retrospectivo e observacional de dados secundários, por meio da revisão de prontuários de pacientes hipertensos e diabéticos, de março a outubro de 2016.
Resultados:
A idade média dos pacientes foi de 62,1±14,3 anos. Prevaleceu o número de atividades de cuidados básicos de enfermagem (95,5%) e as consultas médicas foram de 82,6%. A polifarmácia foi registrada em 54% da amostra e a revisão das listas de medicamentos por um farmacêutico revelou que 67,0% dos medicamentos incluíam pelo menos um risco. Os riscos mais comuns foram: interação entre medicamentos (57,8%), risco renal (29,8%), risco de queda (12,9%) e terapias duplicadas (11,9%). Os fatores associados à história de erros de medicamentos foram doenças crônicas e polifarmácia, que persistiram em análises multivariadas, com razão de prevalência (RP) ajustadas por doenças crônicas, diabetes RP 1.55 (95% IC 1.04-1.94), diabetes/hipertensão RP 1.6 (95% IC 1.09-1.23) e polifarmácia RP 1,61 (95% IC 1,41-1,85), respectivamente.
Conclusão:
Os erros de medicamentos são conhecidos por comprometer a segurança do paciente. Isso levou à sugestão de que a reconciliação de medicamentos como ponto de entrada nos sistemas de saúde, coordenando com cuidados contínuos e uma abordagem centrada no paciente para pessoas e suas famílias.
Descritores:
Registros Médicos; Cuidados de Saúde Primário; Erros de Medicação; Doença Crônica; Sistema Público de Saúde Brasileiro.