Objetivo:
avaliar a frequência e fatores associados à reprovação entre estudantes de enfermagem.
Método:
estudo descritivo, transversal, delineado pelo método misto convergente. Participaram 88 estudantes de enfermagem de uma universidade pública brasileira. Para avaliação da adaptação acadêmica utilizou-se o Questionário de Vivências Acadêmicas Reduzido. A associação das variáveis do estudo com a reprovação foi verificada por análise bivariada.
Resultados:
a frequência de reprovações na amostra foi de 68,2%, reincidentes na mesma disciplina em 39,8%, com os fatores associados: idade maior ou igual a 22 anos (p=0,015), renda familiar inferior a 2 salários mínimos (p=0,019) e defasagem no fluxo curricular (p<0,001). Disciplinas com maiores frequências de reprovações são da área básica, ministradas nos dois primeiros anos do curso e comuns aos cursos da saúde. Estudantes sem reprovações apresentaram melhor percepção de bem-estar físico e psicológico (p=0,002), bom relacionamento interpessoal (p=0,017) e comportamentos de estudo mais assertivos (p=0,005). Questões pessoais, relacionadas ao estudo e institucionais foram motivadores apontados.
Conclusão:
os resultados revelam alto índice de reprovações, sobretudo na área básica. Foi encontrada associação entre reprovações e saúde mental dos estudantes de enfermagem durante seu processo de formação, e foram apontadas dificuldades que podem culminar com a taxa de insucesso no fluxo curricular.
Descritores:
Estudantes de Enfermagem; Educação em Enfermagem; Sucesso Acadêmico; Fracasso Acadêmico; Desempenho Acadêmico; Enfermagem