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Curvas epidêmicas e o perfil de pacientes hospitalizados pela COVID-19 em região de fronteira

Objetivo:

descrever as curvas epidêmicas e analisar o perfil epidemiológico dos pacientes hospitalizados pela COVID-19 em um município de tríplice fronteira.

Método:

descritivo-quantitativo. A população configurou-se de casos de COVID-19 que necessitaram de hospitalização, analisando variáveis como: idade, sexo, raça/cor, município de residência, ocupação, gestante, paciente institucionalizado e evolução. Utilizou-se a análise estatística descritiva e os testes análise de variância e qui-quadrado.

Resultados:

identificaram-se quatro curvas epidêmicas no período estudado. Dentre os casos hospitalizados, predominou o sexo masculino (55%). A cura foi o desfecho mais frequente nas curvas 1, 2 e 4, porém sem diferença estatística (p = 0,2916). A curva 3 apresentou uma maior frequência de óbitos (41,70%) em relação à cura (38,77%). As médias de idade foram significativamente diferentes entre as curvas, sendo que a curva 4 apresentou a menor média de idade.

Conclusão:

concluiu-se que as curvas epidêmicas foram influenciadas por diferentes situações; população não vacinada, flexibilização das medidas restritivas, reabertura da fronteira Brasil-Paraguai, interrupção das ações de controle, aglomeração de pessoas e circulação de novas variantes. Por meio do perfil epidemiológico dos doentes hospitalizados, concluiu-se que ser do sexo masculino, de raça/cor parda, na faixa etária de 61 a 85 anos, estar privado de liberdade se associaram com a hospitalização e ocorrência de óbito.

Descritores:
COVID-19; Controle de Doenças Transmissíveis; Hospitalização; Saúde Pública; Saúde na Fronteira; Pandemias


Destaques:

(1) A terceira curva epidêmica, em abril de 2021, apresentou a maior frequência de óbitos.

(2) Homens com idade média de 56 anos foram o público mais vulnerável para a doença.

(3) O fechamento e abertura da fronteira impactou no comportamento da curva epidêmica.

(4) O início da vacinação na terceira curva reduziu o número de casos na curva seguinte.

(5) O isolamento social não cumprido por parte dos jovens afeta a dinâmica da pandemia.

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