Objetivo:
analisar a evolução do autocuidado de pacientes internados com insuficiência cardíaca descompensada, entre o primeiro retorno após alta hospitalar (T0) e três meses após essa avaliação (T1).
Método:
estudo observacional, analítico e longitudinal realizado nos ambulatórios de cardiologia de dois hospitais públicos de Ribeirão Preto, São Paulo. Os dados sociodemográficos e clínicos foram coletados por entrevistas e consulta aos prontuários. O autocuidado foi avaliado pela versão brasileira do instrumento Self-Care of Heart Failure Index-SCHFI. Os dados foram analisados pelos testes de t de Student e distribuição pareada (McNemar) com nível de significância de 0,05.
Resultados:
constatamos aumento nas médias dos escores das três subescalas do SCHFI (Manutenção, Manejo e Confiança), quando comparados os valores de T0 e T1, sendo essas diferenças estatisticamente significantes (p<0,001). Ao compararmos as mudanças positivas nas ações de autocuidado ao longo desses meses, encontramos mudanças estatisticamente significantes nas subescalas Manutenção (6 dos 10 itens), Manejo (5 de 6 itens) e Confiança (4 de 6 itens).
Conclusão:
o autocuidado da insuficiência cardíaca melhorou no período entre o primeiro retorno após a alta e o final de três meses de acompanhamento. Outros estudos são necessários para verificar as variáveis associadas à melhora do autocuidado após a internação.
Descritores:
Insuficiência Cardíaca; Autocuidado; Cuidados de Enfermagem; Assistência Ambulatorial; Educação em Saúde; Cardiologia