Objetivo:
identificar o risco de depressão na gravidez entre gestantes inseridas na assistência pré-natal de risco habitual e os fatores associados.
Método:
estudo transversal, realizado com 201 gestantes, no ambulatório de pré-natal de risco habitual de uma maternidade universitária. A coleta de dados utilizou um formulário eletrônico contendo um instrumento de caracterização e a Escala de Risco de Depressão na Gravidez. A variável dependente foi o risco de depressão na gravidez. A análise estatística deu-se pelo cálculo da razão de chances (Odds Ratio) e pelos testes Qui-quadrado e Exato de Fischer.
Resultados:
entre as participantes, 68,2% apresentaram maior risco de depressão na gravidez. Houve associação estatisticamente significativa entre o maior risco de depressão na gravidez e a variável ocupação (p=0,04), ou seja, a ausência de emprego (OR = 2,00) aumentou em duas vezes a chance de ocorrência.
Conclusão:
a alta prevalência de risco de depressão na gravidez evidencia a necessidade de planejamento, priorização e integração da saúde mental nos serviços de saúde pré-natal, principalmente no ambiente da Atenção Primária à Saúde, por parte de gestores de saúde e formuladores de políticas.
Descritores:
Depressão; Gravidez; Cuidado Pré-Natal; Atenção Primária à Saúde; Enfermagem; Enfermagem Obstétrica
Destaques:
(1) Apresenta o risco de depressão na gravidez na assistência pré-natal de risco habitual.
(2) Evidencia a importância do rastreamento do risco de depressão no pré-natal.
(3) Conclui que o maior risco de depressão na gravidez associa-se a ausência de emprego.