OBJETIVO:
identificar a prevalência e a intensidade de dor crônica entre idosos da comunidade e analisar associações com a autopercepção do estado de saúde.
MÉTODO:
estudo transversal, com amostra populacional (n=934), conduzido por meio de entrevista domiciliar, na cidade de Goiânia, Brasil. A intensidade da dor crônica (existente há 6 meses ou mais) foi mensurada por meio de escala numérica (0-10) e a autopercepção de saúde por meio de escala verbal (muito boa, boa, regular, ruim, muito ruim). Para análise estatística utilizou-se frequência absoluta e porcentual, IC (95%), teste do qui-quadrado, Odds ratio e análise de regressão. Significância de 5%.
RESULTADOS:
a prevalência de dor crônica foi de 52,8% [IC (95%):49,4-56,1]; localizada com maior frequência em membros inferiores (34,5%) e região lombar (29,5%); de intensidade forte ou pior possível para 54,6% dos idosos. Ocorrência de dor crônica associou-se (p<0,0001) a pior autopercepção de saúde (OR=4,2:2,5-7,0), número de doenças crônicas (OR=1,8:1,2-2,7), doença articular (OR=3,5:2,4-5,1) e sexo feminino (OR=2,3:1,7-3,0). Menor intensidade de dor crônica associou-se a melhor autopercepção de saúde (p<0,0001).
CONCLUSÃO:
a maioria dos idosos da comunidade relata dor crônica, de elevada intensidade, e localizada em regiões relacionadas às atividades de deslocamento, podendo influenciar na morbimortalidade dessa população.
Idoso; Medição da Dor; Dor Crônica; Autoavaliação