Objetivo:
analisar a relação entre percepção de apoio social e sintomas emocionais e físicos associados a quadros psiquiátricos entre mulheres.
Método:
estudo transversal, quantitativo, realizado com uma amostra aleatória randomizada de 141 mulheres atendidas numa Unidade de Saúde da Família do munícipio de Ribeirão Preto/SP. Foram utilizados questionário sociodemográfico, Questionário de Suporte Social e Self Report Questionaire.
Resultados:
não houve associação entre as características sociodemográficas e o transtorno mental, mas entre aspectos como baixa renda e escolaridade. O exercício de profissões culturalmente consideradas de baixo prestígio suscitou algumas reflexões relacionadas à desigualdade de gênero. Houve diferença significativa nos escores de satisfação entre as mulheres que referiram ou não os sintomas de cansaço e tristeza e do número de apoiadores entre as que referiram ou não o sintoma de cansaço. Cônjuges e filhos foram os apoiadores mais mencionados e ter transtorno mental foi significativamente associado a não ter amigos na rede de apoio.
Conclusão:
questões relacionadas à equidade de gênero e à satisfação com o apoio social são aspectos importantes para a assistência. Para a promoção da saúde mental deve-se empreender esforços para que as mulheres se sintam mais conectadas e amparadas pelos apoiadores disponíveis em seu entorno social.
Descritores:
Apoio Social; Atenção Primária à Saúde; Promoção da Saúde; Mulheres; Saúde Mental; Transtornos Mentais