OBJETIVOS:
analisar a distribuição espacial dos casos notificados de gestantes infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana e identificar as áreas urbanas de maior vulnerabilidade social para a ocorrência da infecção entre gestantes.
MÉTODO:
estudo ecológico, desenvolvido mediante técnicas de análise espacial de dados de área. Utilizaram-se dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do município de Recife, Pernambuco. Dados sobre natalidade foram obtidos do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos e dados socioeconômicos do Censo Demográfico 2010.
RESULTADOS:
verificou-se presença de autocorrelação espacial, sendo o Índice Global de Moran significante para a distribuição. Identificaram-se clusters, considerados áreas de alto risco, localizados em bairros agrupados, com taxas de infecção em gestantes igualmente altas entre si. Distinguiu-se bairro, situado no noroeste do município, considerado em fase de transição epidemiológica.
CONCLUSÃO:
precárias condições de vida evidenciadas pelos indicadores analfabetismo, ausência de pré-natal e pobreza mostraram-se relevantes para o risco da transmissão vertical do HIV, convergindo para o agrupamento de casos entre regiões desfavorecidas.
Análise Espacial; HIV; Indicadores Básicos de Saúde; Desigualdades em Saúde