Open-access Modelo operacional do estudo de caso como estratégia de ensino na disciplina de enfermagem médico-cirúrgica: avaliação dos alunos

Operational model of case studies as a teaching strategy to medical-surgical nursing course: students evaluation

Modelo operacional del estudio de caso como estrategia de enseñanza en la disciplina de enfermería médico-quirúrgica: evaluación de los alumnos

Resumos

O estudo trata-se de uma pesquisa descritiva, com o objetivo de avaliar as contribuições e dificuldades sentidas pelos alunos, na utilização do Modelo Operacional do Estudo de Caso, proposto pelas autoras como uma das estratégias de ensino utilizada pela disciplina de Enfermagem Médico-Cirúrgica. Para instrumentalizar e operacionalizar a análise de conteúdo das respostas concedidas pelos alunos, utilizamos da análise temática, segundo Bardin. Com a realização desta investigação concluímos que os alunos reconhecem o modelo como estratégia de ensino na formação dos mesmos, principalmente, quanto ao conhecimento teórico-prático da assistência (70%) que este oferece, estimulando-os à autonomia na tomada de decisões e solução de problemas na área, além de incentivá-los na utilização do acervo da biblioteca. A outra contribuição está relacionada ao conhecimento referente à metodologia científica (30%), onde o modelo emerge a eles como uma estratégia de iniciação a esta atividade. As dificuldades sentidas pelos alunos na elaboração do estudo de caso ocorreram nas seguintes etapas: - no levantamento bibliográfico (58%), principalmente, quanto a falta de bibliografia específica e recente na área de enfermagem e ao não acesso dos alunos da graduação aos índices informatizados: - na redação do trabalho(27%), porém ao mesmo tempo revelando que o estudo de caso propiciou conhecimentos básicos de como elaborar e escrever um trabalho científico; dentre outras (15%).

estudo de caso; estratégia de ensino; enfermagem médico-cirúrgica; avaliação


The study deals with a descriptive research, with the aim of assessing the contribution and difficulties expressed by students, utilizing the case study operational model, proposed by the authors as one of the teaching strategies used in Medical-Surgical Courses. In order to implement and perform the answer content analysis given by the students, authors used thematic analysis according to Bardin. With the performance of this investigation, we concluded that: students recognize the model as a teaching strategy in the formation of themselves, mainly related to theoretical and practical knowledge (70%). It encouraged them to decision making process autonomy and problem solving area besides stimulated them by using library resources. The other contribution related to knowledge refers to scientific methodology (30%), where the model emerges as an initiation strategy to this activity. Difficulties expressed by students in preparing the case study occurred in the following stage; - bibliographical survey (58%), to mainly lack of specific and updated bibliography in nursing area and lack of access indexes; - in the work essay (27%). It also revealed that study case contributed to basic knowledge about the elaboration of a scientific essay; among others (15%).

case study; teaching strategy; medical-surgical nursing; evaluation


Este estudio es una investigación descriptiva, tiene como objetivo evaluar las contribuciones y dificultades sentidas por alumnos en la utilización del Modelo Operacional del Estudio de Caso, propuesto por las autoras como una de las estrategias de enseñanza utilizada por la disciplina de Enfermería Médico-Quirúrgica. Para instrumentalizar y operacionalizar el análisis del contenido de las respuestas dadas por los alumnos, usamos el análisis temática, según Bardin. Con la realización de esta investigación concluimos que los alumnos reconocen el modelo como estrategia de enseñanza en su formación, principalmente encuanto al conocimiento teórico-práctico de la asistencia (70%) que este ofrece, estimulándolos a la autonomía en la toma de decisiones y solución de problemas en la área, además de incitarlos en la utilización de la biblioteca, otra contribución está relacionada al conocimiento referente a la Metodología Científica (30%), donde el modelo emerge como una estrategia de iniciación a esta actividad. Las dificultades sentidas por los alumnos en la elaboración de estudio de casos ocurrieron en las siguientes etapas: - en la consulta bibliográfica (58%), principalmente, encuanto a la falta de bibliografía específica y reciente en la área de enfermería y al no acceso de los alumnos de pregrado a los índices informatizados; - en la redacción del trabajo (27%), pero al mismo tiempo revelando que el estudio de caso propicia conocimientos básicos sobre como elaborar y escribir uno trabajo científico; y otras (15%).

estudio de caso; estrategia de enseñanza; enfermería médico-quirúrgica; evaluación


ARTIGO ORIGINAL

Modelo operacional do estudo de caso como estratégia de ensino na disciplina de enfermagem médico-cirúrgica: avaliação dos alunos

Operational model of case studies as a teaching strategy to medical-surgical nursing course: students evaluation

Modelo operacional del estudio de caso como estrategia de enseñanza en la disciplina de enfermería médico-quirúrgica: evaluación de los alumnos

Silvia Cristina Mangini BocchiI; Janete PessutoII; Magda Cristina Queiroz Dell'AquaIII

IProfessora Assistente na disciplina de Enfermagem Médico-Cirúrgica do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP e doutoranda do Programa de Pós-Graduação da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo

IIProfessora Assistente na disciplina de Enfermagem Médico-Cirúrgica do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP e doutoranda na Área de Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

IIIProfessora Auxiliar de Ensino na disciplina de Enfermagem Médico-Cirúrgica do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP e mestranda na Área da Saúde do Adulto na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo

RESUMO

O estudo trata-se de uma pesquisa descritiva, com o objetivo de avaliar as contribuições e dificuldades sentidas pelos alunos, na utilização do Modelo Operacional do Estudo de Caso, proposto pelas autoras como uma das estratégias de ensino utilizada pela disciplina de Enfermagem Médico-Cirúrgica. Para instrumentalizar e operacionalizar a análise de conteúdo das respostas concedidas pelos alunos, utilizamos da análise temática, segundo Bardin. Com a realização desta investigação concluímos que os alunos reconhecem o modelo como estratégia de ensino na formação dos mesmos, principalmente, quanto ao conhecimento teórico-prático da assistência (70%) que este oferece, estimulando-os à autonomia na tomada de decisões e solução de problemas na área, além de incentivá-los na utilização do acervo da biblioteca. A outra contribuição está relacionada ao conhecimento referente à metodologia científica (30%), onde o modelo emerge a eles como uma estratégia de iniciação a esta atividade. As dificuldades sentidas pelos alunos na elaboração do estudo de caso ocorreram nas seguintes etapas: - no levantamento bibliográfico (58%), principalmente, quanto a falta de bibliografia específica e recente na área de enfermagem e ao não acesso dos alunos da graduação aos índices informatizados: - na redação do trabalho(27%), porém ao mesmo tempo revelando que o estudo de caso propiciou conhecimentos básicos de como elaborar e escrever um trabalho científico; dentre outras (15%).

Unitermos: estudo de caso, estratégia de ensino, enfermagem médico-cirúrgica, avaliação

ABSTRACT

The study deals with a descriptive research, with the aim of assessing the contribution and difficulties expressed by students, utilizing the case study operational model, proposed by the authors as one of the teaching strategies used in Medical-Surgical Courses. In order to implement and perform the answer content analysis given by the students, authors used thematic analysis according to Bardin. With the performance of this investigation, we concluded that: students recognize the model as a teaching strategy in the formation of themselves, mainly related to theoretical and practical knowledge (70%). It encouraged them to decision making process autonomy and problem solving area besides stimulated them by using library resources. The other contribution related to knowledge refers to scientific methodology (30%), where the model emerges as an initiation strategy to this activity. Difficulties expressed by students in preparing the case study occurred in the following stage; - bibliographical survey (58%), to mainly lack of specific and updated bibliography in nursing area and lack of access indexes; - in the work essay (27%). It also revealed that study case contributed to basic knowledge about the elaboration of a scientific essay; among others (15%).

Uniterms: case study, teaching strategy, medical-surgical nursing, evaluation

RESUMEN

Este estudio es una investigación descriptiva, tiene como objetivo evaluar las contribuciones y dificultades sentidas por alumnos en la utilización del Modelo Operacional del Estudio de Caso, propuesto por las autoras como una de las estrategias de enseñanza utilizada por la disciplina de Enfermería Médico-Quirúrgica. Para instrumentalizar y operacionalizar el análisis del contenido de las respuestas dadas por los alumnos, usamos el análisis temática, según Bardin. Con la realización de esta investigación concluimos que los alumnos reconocen el modelo como estrategia de enseñanza en su formación, principalmente encuanto al conocimiento teórico-práctico de la asistencia (70%) que este ofrece, estimulándolos a la autonomía en la toma de decisiones y solución de problemas en la área, además de incitarlos en la utilización de la biblioteca, otra contribución está relacionada al conocimiento referente a la Metodología Científica (30%), donde el modelo emerge como una estrategia de iniciación a esta actividad. Las dificultades sentidas por los alumnos en la elaboración de estudio de casos ocurrieron en las siguientes etapas: - en la consulta bibliográfica (58%), principalmente, encuanto a la falta de bibliografía específica y reciente en la área de enfermería y al no acceso de los alumnos de pregrado a los índices informatizados; - en la redacción del trabajo (27%), pero al mismo tiempo revelando que el estudio de caso propicia conocimientos básicos sobre como elaborar y escribir uno trabajo científico; y otras (15%).

Término Claves: estudio de caso; estrategia de enseñanza; enfermería médico-quirúrgica; evaluación

1 - INTRODUÇÃO

A adoção de uma abordagem de ensino humanista e problematizadora adveio da necessidade sentida pelas docentes da disciplina de Enfermagem Médico-Cirúrgica em não se constituírem mais em meras transmissoras de conteúdo, mas facilitadoras da aprendizagem de seus alunos. Para isso, elaboramos uma estratégia onde o conteúdo deveria surgir das próprias experiências dos alunos, de forma que as atividades se processassem naturalmente através da interação com o meio.

Com o propósito de criar condições facilitadoras de aprendizagem aos alunos, elaboramos um modelo operacional do estudo de caso implementado através do processo de enfermagem.

A aplicação desse modelo, como estratégia de ensino utilizada pela disciplina, levou-nos à seguinte indagação: - Qual é a percepção dos alunos, acerca do modelo operacional do estudo de caso como estratégia de ensino, utilizada pela disciplina de Enfermagem Médico-Cirúrgica na formação dos mesmos?

Com a finalidade de contribuir com o ensino da enfermagem, é que nos propusemos a realizar esse processo investigatório delimitado pelos objetivos:

- Verificar as contribuições do modelo operacional do estudo de caso como estratégia de ensino na disciplina de Enfermagem Médico-Cirúrgica, na formação acadêmica do aluno;

- Apreender as dificuldades sentidas pelos alunos durante a operacionalização do estudo de caso.

2 - O MÉTODO DE ESTUDO DE CASO NA ASSISTÊNCIA, ENSINO E PESQUISA

O estudo de caso pode ser discutido sobre três enfoques: como modalidade assistencial, de ensino e de pesquisa.

Como modalidade assistencial e de ensino vem sendo utilizado desde o século passado pela enfermagem, onde enfermeiras e alunos assumiam o cuidado integral do paciente, denominando-o como "o caso". Tal modalidade tornou-se incompatível à medida que o enfermeiro foi institucionalizando-se, prestando assistência de acordo com os problemas a serem solucionados, a um número indeterminado de pacientes8.

Atualmente, esta modalidade assistencial reserva-se principalmente a alunos, com a finalidade principal de favorecer o ensino-aprendizagem no campo de estágio.

O outro enfoque dado pela literatura é o estudo de caso como modalidade de investigação, sendo "considerado um dos mais relevantes tipos de pesquisa qualitativa"13.

Esta categoria de pesquisa permite-nos realizar investigações em profundidade, de um indivíduo, grupo, instituição ou unidade social10,13.

Ao conduzir um estudo de caso, o pesquisador tenta "analisar e entender as variáveis que são importantes para a história, desenvolvimento, ou cuidado do sujeito, ou problemas do mesmo"10.

Apesar do estudo de caso não necessitar da elaboração a priori de hipóteses, sua complexidade aumenta à medida que o investigador se utiliza de um referencial teórico norteador no aprofundamento do assunto em questão10.

Quanto aos passos ou operacionalização utilizados especificamente a está categoria de pesquisa, não estão bem definidos, ao contrário das outras categorias, pois a maioria dos estudos de caso surgem na tentativa de solucionar um problema prático específico, como freqüentemente ocorre nas situações de enfermagem10.

Uma vez identificada a área do problema e o caso ou casos a serem estudados, o pesquisador deve desenvolver a coleta de dados através de questionários, entrevistas, planos de observações, planos de avaliação, de medidas psicológicas, ou até associar várias destas técnicas10.

Realizada a coleta de dados, tornou-se necessário analisar ou interpretar os mesmos. Alguns estudos de caso exigem intervenções e acompanhamento das conseqüências das intervenções no indivíduo. Tais estudos são algumas vezes referidos como "single-subject experiments"10.

Uma das maiores vantagens apresentada pelo estudo de caso é a profundidade alcançada por este tipo de pesquisa, possibilitando investigar um número limitado de indivíduos, instituições ou grupos. Por outro lado, a mais séria desvantagem deste método deve-se ao fato de seus dados e relações estarem delimitados na particularidade de um sujeito, que por sua vez não produzem proposições para testar hipóteses10.

3 - O ESTUDO DE CASO EMERGINDO COMO MODALIDADE DE PESQUISA NA GRADUAÇÃO

O estudo de caso, como modalidade de pesquisa, emerge ao aluno do segundo ano como conseqüência de uma estratégia de ensino problematizadora, adotada pela disciplina de Enfermagem Médico-Cirúrgico do Curso de Graduação em Enfermagem da F.M.-UNESP, enquanto desenvolve suas atividades práticas no campo.

Como se trata de uma estratégia de ensino com abordagem humanista, descrevemos abaixo a função de cada elemento, o relacionamento entre eles e a operacionalização do modelo:

- professor: elemento que não transmite conteúdo, apenas dá assistência e cria condições facilitadoras para que o aluno aprenda, de forma que proporcione uma situação que: "-restaure, estimule e intensifique a curiosidade do aluno; - encoraje o aluno a escolher seus próprios interesses; - promove todos os tipos de recursos; - permita ao aluno fazer escolhas responsáveis quanto às suas próprias orientações, assim como assumir a responsabilidade das conseqüências de suas opções erradas, tanto quanto certas; - dê ao aluno papel participante na formação e na construção de todo o programa de que ele é parte; - promove interação entre os meios reais; - focalize, por meio de tal integração, problemas reais; - desenvolve o aluno autodisciplinado e crítico, capaz de avaliar tanto as suas quanto as contribuições dos outros; e - capacite o aluno a adaptar-se inteligente, flexível e criticamente a novas situações problemáticas do futuro"9;

- aluno: pessoa considerada em processo contínuo, de descoberta de seu próprio ser, com objetivo último de auto-realização ou o uso pleno de suas potencialidades e capacidades9.

- Professor-aluno: relacionamento de autenticidade, congruência e facilitador da aprendizagem9;

- Conhecimento: construído através das experiências pessoais no decorrer do processo de vir-a-ser da pessoa humana9;

Ensino-aprendizagem: centrado no aluno9.

3.1 - Roteiro de orientações para a elaboração do estudo de caso

Como uma das orientações referentes as atividades práticas, entregamos aos alunos um roteiro norteador da elaboração dos dois estudos de casos que deverão desenvolver, sendo um como requisito das atividades práticas na área clínica e o outro na área cirúrgica, onde um dos critérios estabelecidos pela disciplina é que estes trabalhos deverão ser entregues datilografados respeitando as normas de trabalho científico.

O referido roteiro fornece orientações para os seguintes itens:

A - Capa, folha de rosto e sumário: fornecemos modelos.

B - Introdução: no sentido de nortear o aluno na elaboração da introdução recomendamos que esta forneça ao leitor a informação necessária para entender de que assunto se trata, sem precisar recorrer a outras fontes. Conquanto, para ajudar o aluno a escrever a introdução, ele deverá responder algumas perguntas, que se bem respondidas, darão a forma a esta parte do trabalho. As perguntas sugeridas são: a - De que assunto trata o seu trabalho?; b - Por que é importante tratar esse assunto?; c - Como você tratou o assunto?; d - Qual é o seu problema?; e - Qual(is) é (são) seu(s) objetivos(s)?14. Ressaltamos aos alunos que existem regras elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para normatizar as citações bibliográficas no trabalho, as quais poderão ser obtidas junto a bibliotecária. Quanto à elaboração do problema, orientamos que o problema em pesquisa é algo que precisa ser resolvido e para o qual, "a priori", não há solução imediata. O problema é uma dificuldade percebida, que deverá ser escrito na forma interrogativa e com clareza. Não é suficiente apenas estruturar a frase correspondente ao problema, mas esta deverá estar inserida no contexto da introdução. Esse procedimento será facilitado quando buscamos fundamentação na literatura referente ao assunto pesquisado12. Enfatizamos ainda que ao redigir o(s) objetivo(s) do estudo de caso estes deverão ser claros, precisos e sem ambigüidades, pois funcionam como se fossem uma bússola ao pesquisador, ajudando-o a encontrar o caminho seguro na obtenção dos resultados por ele desejado, na tentativa de responder ao problema elaborado. Desta forma, justifica-se a preocupação que deverão ter na elaboração do(s) objetivo(s) quando estiverem redigindo um projeto de pesquisa12.

C - Referencial teórico: orientamos o aluno que o referencial teórico, a ser utilizado no estudo de caso, é o modelo conceitual de HORTA4, onde deverá fazer uma explanação sobre o mesmo. Isso possibilitará ao aluno iniciar a busca bibliográfica, orientado pelos conceitos básicos de um modelo conceitual, de forma a auxiliá-lo na compreensão, explicação e de dar significados aos fatos levantados. Nesse caso, a revisão da literatura lhe permitirá familiarizar-se em profundidade com o assunto que lhe interessa13. Enfatizamos ainda que, os modelos conceituais de enfermagem têm como finalidade organizar o pensamento do enfermeiro, sua observação e interpretação do que é a realidade. Também fornecem uma estrutura sistemática e racional às atividades, direcionando as pesquisas para questões relevantes sobre o fenômeno (paciente, ambiente, saúde e enfermagem), mostram soluções a problemas e dão critérios gerais para saber quando um problema foi resolvido. Além disso, as teorias de enfermagem especificam para os enfermeiros a missão e os limites da profissão. Elas clarificam o domínio das responsabilidades de enfermagem e permitem ao participante e/ou profissional documentar serviços e resultados5.

D - Metodologia: Orientamos que metodologia deve esclarecer a fórmula que foi utilizada na análise do problema proposto, os principais procedimentos e técnicas utilizados para a coleta de dados7. Os itens que recomendamos que o aluno descreva nessa seção são:

D1 - Tipo de pesquisa: a investigação pode ser classificada como um estudo de caso, considerada como uma pesquisa qualitativa que exige do aluno a realização de intervenções e acompanhamento da evolução no sujeito estudado.

D2 - O campo e o sujeito da pesquisa: neste item o aluno descreve o local onde o estudo foi realizado (instituição, enfermaria) e o sujeito (tipo de paciente).

D3 - Instrumento de coleta de dados: constituindo formulários para entrevista, exame físico e outros dados de relevância para o aluno (resultado de exames alterados, medicações e outros que julgar necessário). A entrevista é do tipo estruturada e o exame físico consta de um roteiro cefalocaudal norteador da coleta de dados nos seguimentos do paciente, através das técnicas de inspeção, palpação, percussão e ausculta. Ressaltamos que o instrumento de coleta de dados advêm do histórico de enfermagem.

E - Procedimentos de operacionalização do estudo de caso: para facilitar o entendimento entre o autor e o aluno, apresentamos, na Figura 1, um modelo de como se processa o estudo de caso durante as atividades práticas da disciplina de Enfermagem Médico-Cirúrgica.


1ª fase - coleta de dados: em campo, o aluno tem o primeiro contato com os problemas a serem enfrentados, não só com o paciente ("o caso"), mas também com a realidade organizacional da enfermaria onde o mesmo estará internado. Realidade que o aluno deverá estar inteirado para favorecer a sua adaptação ao local, além de promover a adequação de suas decisões ao paciente naquele meio. Desta maneira, o aluno inicia a operacionalização do processo de enfermagem concomitante ao estudo de caso, através da coleta de dados, orientada por instrumentos (formulário para entrevista e dados do prontuário de interesses, além do roteiro para o exame físico).

2ª fase - estabelecimento de diagnósticos e prescrição de enfermagem: ainda na enfermaria o aluno faz a análise e interpretação dos dados, identifica os problemas (atuais e potenciais), formula diagnósticos e prescrição de enfermagem. Esta é uma fase preliminar, onde o aluno consegue estabelecer apenas diagnósticos e prescrição de enfermagem chaves para o cuidado ao seu paciente. É denominada por autores, como o momento onde o aluno constrói o modelo simplificado com variáveis chaves3. Ao término desta fase, o aluno é orientado a encaminhar-se à biblioteca.

3ª fase - levantamento bibliográfico e reelaboração dos diagnósticos e prescrição de enfermagem: na biblioteca, o aluno é incentivado a realizar levantamento bibliográfico com a finalidade de fundamentar as suas intervenções, assim como o estudo de caso que deverá ser redigido. Para isso, orientamos a elaboração de fichas bibliográficas, referentes as fontes consultadas, que julgue de utilidade para o seu estudo de caso. Neste momento está implícita a teorização, conforme referida por alguns autores3, pois o aluno é levado a reelaborar os diagnósticos e prescrição de enfermagem frente aos conhecimentos novos incorporados.

4ª fase - discussão e validação do planejamento: no dia seguinte, o aluno dirige-se ao campo munido do planejamento por ele elaborado, para discuti-lo com o professor que por sua vez acaba validando-o. A validação do planejamento está fundamentada em nove questões que, se bem respondidas, o planejamento atenderá as necessidades do paciente. Estas questões são: a - o planejamento assegurará a necessidade de segurança do paciente?; b - os diagnósticos de enfermagem firmados são sustentados pelos dados?; c - o plano fundamenta-se no conhecimento de enfermagem e nos princípios científicos?; d - a meta descreve um procedimento ou uma condição que diminua ou alivie o problema descrito no diagnóstico de enfermagem?; e - a meta é firmada de forma a ser observada ou medida?; f - as ações de enfermagem encontram-se ordenadas em seqüência lógica segundo prioridades?; g - as preferências do paciente estão sendo consideradas?; h - o plano está individualizando as necessidades próprias e às possibilidades do paciente?1

5ª fase - operacionalização do planejamento: após o procedimento de validação, o aluno ministra integralmente os cuidados ao paciente, orientado pelo planejamento por ele elaborado. Esta fase caracteriza-se basicamente pela aplicação das soluções propostas pelo aluno à realidade3.

6ª fase - elaboração da evolução de enfermagem e sua validação: o aluno descreverá a extensão do alcance ou não das metas estabelecidas ao seu paciente no planejamento11. Ressaltamos ao aluno que a evolução não é algo estático, que ocorre somente após ministrarem-se todos os cuidados por ele planejado, mas deve-se compreender que as conseqüências das intervenções de enfermagem podem ser positivas, esperadas ou inesperadas, portanto os efeitos das suas ações precisam ser avaliados periodicamente e a implementação modificada quantas vezes forem necessárias para atender as necessidades atuais e potenciais do paciente frente aos dados emergentes.

Esclarecemos que o estudo de caso emerge do aluno, pelo fato de cuidar do mesmo paciente até a alta, óbito ou final de suas atividades práticas naquele campo, possibilitando ao mesmo condições para escrever o seu trabalho com a orientação dos docentes da disciplina.

D - Operacionalização do processo de enfermagem: o aluno apresenta as fases implementadas do processo de enfermagem (histórico, diagnósticos, prescrições, evoluções e prognóstico de enfermagem) enquanto responsável pelo paciente.

E - Conclusão: orientamos que a conclusão é, basicamente, a resposta ao problema, norteada pelos objetivos manifestos na introdução sem detalhes operacionais.

F - Referência bibliográficas: o número mínimo de referências não deverá ser inferior a dez, obedecendo as regras da ABNT.

G - Anexos: são partes integrantes do texto, mas destacadas deste para evitar descontinuidade na seqüência lógica das idéias. Constituem-se em suportes elucidativos indispensáveis a compreensão do trabalho (figura, tabelas, quadros,...).

4 - METODOLOGIA

4.1 - Tipo de estudo

Trata-se de uma pesquisa descritiva, onde priorizamos as respostas escritas dos sujeitos como fonte de informação, para a análise da avaliação dos alunos acerca do estudo de caso como estratégia de ensino na disciplina de Enfermagem Médico-Cirúrgica.

Partindo da premissa de que tudo o que é dito ou escrito é passível de ser submetido à análise de conteúdo, escolhemos dentre as técnicas propostas, a análise temática segundo Bardin2, para instrumentalizar e operacionalizar a análise do conteúdo da respostas concedidas pelos sujeitos participantes desta investigação.

4.2 - Sujeitos participantes

Participaram deste estudo doze sujeitos, alunos do segundo ano e regularmente matriculadas na disciplina de Enfermagem Médico-Cirúrgica do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu - Universidade Estadual Paulista, no segundo semestre de 1994.

4.3 - Instrumento de coleta de dados

As informações foram obtidas através de um questionário, contendo duas questões norteadoras estruturadas especificamente para este estudo (AnexoAnexo).

4.4 - Procedimentos

Ao final da disciplina, solicitamos aos alunos que colaborassem na avaliação do estudo de caso como uma estratégia de ensino, respondendo o questionário, assegurando aos mesmos o caráter confidencial de suas informações.

Os doze questionários foram reunidos constituindo o corpus (conjunto de respostas), que foi submetido à análise transversal. Este procedimento analítico envolveu o recorte das respostas em redor de cada unidade de registro, destacadas através de leituras e posteriormente ordenadas por classificação em duas categorias, que emergiram a partir do próprio instrumento utilizado para a coleta de dados.

4.5 - Definindo categorias e subcategorias

Neste estudo, partimos de categorias pré-estabelecidas, oriundas de cada questão contida no instrumento de coleta de dados. Este procedimento de categorização está fundamentado na técnica de análise de conteúdo, proposto por Bardin2.

Assim sendo, as categorias foram definidas a partir de cada questão utilizada na entrevista. Em seguida, elas foram decompostas, codificadas e ordenadas, conforme apresentado no quadro referente ao corpo de categorias.

Após estas operações, procedemos o recorte das entrevistas destacando e ordenando as unidades de significação (unidades de registro) para cada categoria.

Através da leitura das listagens enumeradas das unidades de registro, classificamos e agregamos em subcategorias, permitindo a análise das ocorrências.

4.6 - Tratamento estatístico

Os dados foram analisados descritivamente, com indicação de freqüências absolutas e relativas às unidades de registro, pertencentes a cada categoria e subcategorias.

5 - RESULTADOS: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO

Apresentaremos os resultados e discussão de acordo com a seqüência do instrumento de coleta de dados (Anexo).

A Tabela 1 e o Gráfico 1 mostram as respostas dos alunos referentes às contribuições do estudo de caso na formação dos mesmos.


Das 27 contribuições relatadas pelos alunos, 70% delas estão relacionadas ao conhecimento teórico-prático referente à assistência, ressaltando que "...o estudo de caso possibilitou um aprofundamento dos conhecimentos ... colaborando no relacionamento da fisiopatologia do paciente... com seus sinais, sintomas e queixas levantadas pelo exame físico e entrevista, proporcionando uma visão holística e assim possibilitou-nos a sistematizar a assistência de enfermagem... ao mesmo..." (36%); "...estimulou o hábito de ir a biblioteca... procurar... explorar... livros e periódicos.... fazer levantamento bibliográfico... que trouxessem novas informações sobre o assunto estudado..." (11%) e "... estimulou aprofundamento... dos conhecimentos... (sobre) mecanismos de ação das drogas... além de... interpretar... (e) entender os resultados dos exames laboratoriais do paciente..." (11%).

De acordo com a percepção dos alunos, o modelo operacional do estudo de caso como estratégia de ensino permitiu-lhes a oportunidade de tomar decisões e solucionar problemas com autonomia, ou seja, sistematizar a assistência de enfermagem. Esse resultado também foi encontrado por outros autores6 quando utilizarem o estudo de caso como estratégia de ensino com alunos da graduação em enfermagem em campo prático na sua Universidade.

Ademais, estamos convencidas que o modelo estimulou os alunos na procura de conhecimentos em fontes bibliográficas, no acervo da biblioteca. Esse fato é corroborado por outros autores, demonstrando que o professor que motiva os alunos a resolver problemas concretos e interessantes faz com que os mesmos adquiram interesse em procurar informações por sua própria conta. Ao contrário, do método de ensino tradicional, no qual o professor é a principal fonte de informações e de soluções pré-concebidas, não oferecendo razão intrínseca alguma para estimular o aluno a ir a biblioteca.

Além da área do conhecimento teórico-prático referente à assistência, os alunos mencionaram também uma contribuição na área do conhecimento referente à metodologia científica (30%).

Os alunos mencionaram que o estudo de caso "... propiciou... conhecimentos de como elaborar... escrever... um trabalho científico... uma vez que a disciplina de metodologia da pesquisa só é oferecida no terceiro ano..." (22%), além de julgarem "... ser uma forma de estimular o aluno à pesquisa..." (4%) e fazer "... pensar que a matéria de metodologia que virá no terceiro ano não é inútil ou dispensável..." (45%).

Verificamos também que o modelo pôde ser utilizado como uma estratégia de iniciação científica, proporcionando aos alunos conhecimentos básicos de metodologia científica, além de estimulá-los precocemente à pesquisa.

A Tabela 2 e o Gráfico 2 expressam as dificuldades dos alunos de graduação em enfermagem na elaboração do estudo de caso.


Das 19 dificuldades emitidas pelos alunos, há uma predominância no levantamento bibliográfico em 58%. Dentre estas dificuldades, destacam-se em 27%, àquelas relacionadas a "... falta de bibliografia (livros, revistas) específica e recente na área de enfermagem... (e) para auxiliar na interpretação de exames laboratoriais..." e 21% "... ao não acesso dos alunos da graduação ao computador para realização de seus levantamentos bibliográficos...".

A carência de fontes bibliográficas específicas e recentes na área de enfermagem e o fato do aluno ainda não acessar os índices por computadores são fatores que dificultam a operacionalização do modelo, principalmente na terceira fase onde o aluno faz a teorização. No entanto, acreditamos que essa problemática esteja logo resolvida, pois já conseguimos assinaturas de todas as revistas de enfermagem nacionais e as principais internacionais, além de livros essenciais às disciplinas. Quanto ao não acesso dos alunos aos índices via computador também logo será solucionado, pois nossa biblioteca encontra-se em processo de informatização.

A seguir às dificuldades com levantamento bibliográfico, encontramos com 27% as relacionadas com a redação do estudo de caso, especificamente a "... como escrever..., elaborar introdução ... referências bibliográficas de acordo com a ABNT, ... as regras de um trabalho científico ..." e com 5% iguais para "...encontrar referências bibliográficas ... meu tempo era pouco ... a biblioteca não funciona à noite ..." e "... não sabia como utilizar a biblioteca ... na pesquisa bibliográfica...".

Imediatamente aos obstáculos referentes à redação os alunos manifestaram que 15% deles estão relacionados a outras dificuldades, tais como: "... tempo (limitado) para a realização do estudo de caso..." (5%); "... digitar ou datilografar o trabalho ... falta-me treino ..." (5%) e "... achei o roteiro que auxilia-nos na confecção do estudo de caso ... com poucos esclarecimentos ..." (5%).

Quanto à dificuldade de redigir um trabalho científico consideramos natural ao aluno de segundo ano, não familiarizado às normas de trabalho científico, porém acreditamos que tenham superado o problema para o momento, demonstrado na Tabela 1 que o estudo de caso "... propiciou ... conhecimentos de como elaborar ... escrever ... um trabalho científico ... uma vez que a disciplina de metodologia científica só é oferecida no terceiro ano...".

Os outros obstáculos citados, tais como: a biblioteca não abrir à noite e a falta de treino em digitação, possivelmente, não serão problemas para os próximos grupos, visto que a partir deste ano a biblioteca encontrar-se-á aberta no período noturno, além da criação da disciplina de Informática Aplicada à Saúde, na qual os alunos terão oportunidades de aprender a manusear editores de texto, possibilitando aos mesmos a aquisição de habilidades em digitação.

6 - CONCLUSÕES

A realização deste processo investigatório, orientado pelos objetivos estabelecidos inicialmente, permitiu-nos chegar às seguintes conclusões:

- contribuições do modelo operacional do estudo de caso como estratégia de ensino na formação do aluno:

- no conhecimento teórico-prático referente à assistência (70%), estimulando a autonomia na tomada de decisões e solução de problemas referentes à assistência de enfermagem e a consultarem o acervo da biblioteca na área de seus interesses;

- no conhecimento referente à metodologia científica (30%), onde o modelo emerge ao aluno como uma estratégia de iniciação científica.

- dificuldades sentidas pelos alunos na elaboração do estudo de caso:

- no levantamento bibliográfico (58%), principalmente a falta de bibliografia específica e recente na área de enfermagem e o não acesso dos alunos aos índices informatizados;

- na redação do trabalho (27%), no entanto revelam que o estudo de caso propiciou conhecimentos de como elaborar e escrever um trabalho científico;

- outras (15%) como: o tempo limitado, a falta de treino em digitação ou datilografia e o roteiro que os auxilia na confecção do estudo de caso com poucos esclarecimentos.

Alicerçado nos resultados deste estudo, sugerimos o emprego do modelo operacional do estudo de caso como estratégia de ensino, no sentido de favorecer o exercício da tomada de decisões na assistência de enfermagem, além de estimular o aluno à iniciação científica.

Instrumento de coleta de dados

As questões propostas têm a finalidade de coletar percepções do aluno do segundo ano de graduação em enfermagem a respeito do significado da realização do estudo de caso em sua formação acadêmica, assim como de suas dificuldades.

Desta maneira, solicitamos sua colaboração e sinceridade, no sentido de conceder-nos essas informações, para viabilizar à avaliação do estudo de caso como uma das estratégias de ensino na disciplina de Enfermagem Médico-Cirúrgica. Ressaltamos que não há necessidade de identificar-se. Desde já, agradecemos a sua valiosa colaboração.

Questões norteadoras

1 - Relate-nos em quais pontos a realização do estudo de caso colaborou, ou não colaborou, na sua formação acadêmica.

2 - Descreva-nos as dificuldades sentidas durante a elaboração do estudo de caso.

Referências bibliográficas

  • 01. ATKINSON, L. D.; MURRAY, M. E. O processo de enfermagem e o planejamento da assistência ao paciente. In: ATKINSON, L. D.; MURRAY, M. E. Fundamentos de enfermagem: introdução ao processo de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989. Cap. 17, p. 215-31.
  • 02. BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Persona, 1977. 225 p.
  • 03. BORDENAVE, J. D.; PEREIRA, A. M. Estratégias de ensino-aprendizagem. 12. ed. Petrópolis: Vozes, 1991. 312 p.
  • 04. HORTA, W. A. Processo de enfermagem. São Paulo: EDUSP, 1979. 99 p.
  • 05. HUCKABAY, L. M. D. The role of conceptual frameworks in nursing practice, administration, education, and research. Nurs. Admin. Q, v. 15, n. 3, p. 17 - 28, 1991.
  • 06. JOHNSON, J.; PURVIS, J. Case studies: an alternative learning/teaching method in nursing. J. Nurs. Educ., v. 26, n. 3, p. 118-20, 1987.
  • 07. KÖCHE, J. C. Fundamentos de metodologia científica. 12. ed. Porto Alegre: Vozes, 1988. 132 p.
  • 08. LANGFORD, T. L. Organizing. In: LANGFORD, T. L. Managing and being managed: preparation for professional nursing practice. New Jersey: Prentice-Hall, 1981. Cap. 13, p. 167-201.
  • 09. MIZUKAMI, M. G. N. Abordagem humanista. In: MIZUKAMI, M. G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986. p. 37-57.
  • 10. POLIT, D. F.; HUNGLER, B. P. Nursing research: principles and methods. 3. ed. Philadelphia: Lippincott, 1987. 571 p.
  • 11. POTTER, P. A.; PERRY, A. G. The nursing process. In: POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentals of nursing: concepts, process, and process, and practice. 2. ed. St. Louis: Mosby, 1989. v. 2, p. 100-69.
  • 12. SIMÕES, I. R. C. Metodologia da pesquisa para o estudante de enfermagem. Bauru: FASC, 1983. 65 p.
  • 13. TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1990. 175p.
  • 14. VIEIRA, S. Como escrever uma tese. São Paulo: Pioneira, 1991. 82p.

Anexo

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    19 Maio 2006
  • Data do Fascículo
    Dez 1996
location_on
Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto / Universidade de São Paulo Av. Bandeirantes, 3900, 14040-902 Ribeirão Preto SP Brazil, Tel.: +55 (16) 3315-3451 / 3315-4407 - Ribeirão Preto - SP - Brazil
E-mail: rlae@eerp.usp.br
rss_feed Acompanhe os números deste periódico no seu leitor de RSS
Acessibilidade / Reportar erro