OBJETIVO:
analisar as características sociodemográficas, tendência epidêmica e difusão espacial do risco da síndrome da imunodeficiência adquirida em adultos com 50 anos e mais.
MÉTODO:
estudo ecológico, de base populacional, que utilizou dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Estado da Paraíba referente ao período de janeiro de 2000 a dezembro de 2010.
RESULTADOS:
foram notificados, no período estudado, 307 casos de síndrome da imunodeficiência adquirida entre indivíduos com idade igual ou superior a 50 anos. Observou-se predomínio do sexo masculino (205; 66,8%), cor parda e baixo nível de escolaridade. Os municípios com população acima de 100 mil habitantes notificaram 58,5% dos casos. Constatou-se aumento progressivo de casos entre as mulheres; tendência de crescimento da incidência (correlação linear positiva), avanço na difusão geográfica da doença, expansão para a região litorânea e para o interior do Estado, atingindo municípios com população inferior a 30 mil habitantes. Em algumas localidades, o risco de adoecimento foi 100 vezes maior que o risco relativo do Estado.
CONCLUSÃO:
o envelhecimento, com feminização e interiorização da epidemia em adultos com 50 anos e mais, confirmam a necessidade de indução de políticas afirmativas direcionadas a esse grupo etário.
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Envelhecimento; Epidemiologia