RESUMO
Objetivos:
descrever as características sociodemográficas e o número de morbidades de idosos, segundo a dinâmica do arranjo domiciliar; e verificar os determinantes sociodemográficos e de saúde do arranjo domiciliar.
Métodos:
trata-se de uma pesquisa domiciliar e longitudinal (2005-2012), conduzida com 623 idosos. Foi realizada análise estatística descritiva e regressão logística multinomial (p<0,05).
Resultados:
predominaram, idosos que moram sozinhos, acompanhados e com mudança do arranjo domiciliar, do sexo feminino, faixa etária 60├ 70 anos, 1├ 4 anos de estudo e com renda entre 1├┤ 3 salários mínimos. Durante o desenvolvimento dessa pesquisa, identificou-se uma elevação da distribuição de idosos com 1├┤3 salários mínimos. O número de morbidades aumentou nos três grupos ao longo do estudo, com maiores taxas entre os idosos que mudaram a dinâmica do arranjo domiciliar. Verificou-se que idosos do sexo masculino apresentaram menores chances de morar sozinhos (p=0,007) e mudar o arranjo domiciliar comparados às mulheres (p = 0,005). Ganhar menos de um salário mínimo diminuiu as chances de mudança do arranjo domiciliar em relação aos que ganham mais de três salários (p=0,034).
Conclusão:
os fatores determinantes do arranjo domiciliar foram o sexo e a renda, sendo que as variáveis capacidade funcional e número de morbidades não estiveram associadas ao desfecho analisado.
Descritores:
Idoso; Família; Envelhecimento