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Arranjo domiciliar de idosos e determinantes sociodemográficos e de saúde: um estudo longitudinal1 1 Artigo extraído da dissertação de mestrado "Arranjo domiciliar e a evolução da capacidade funcional de idosos: um estudo longitudinal", apresentada à Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, Minas Gerais, Brasil. Apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq, processo nº 301704/2012-0, e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais FAPEMIG-MG, processo nº FAPEMIG - APQ-00866-12.

RESUMO

Objetivos:

descrever as características sociodemográficas e o número de morbidades de idosos, segundo a dinâmica do arranjo domiciliar; e verificar os determinantes sociodemográficos e de saúde do arranjo domiciliar.

Métodos:

trata-se de uma pesquisa domiciliar e longitudinal (2005-2012), conduzida com 623 idosos. Foi realizada análise estatística descritiva e regressão logística multinomial (p<0,05).

Resultados:

predominaram, idosos que moram sozinhos, acompanhados e com mudança do arranjo domiciliar, do sexo feminino, faixa etária 60├ 70 anos, 1├ 4 anos de estudo e com renda entre 1├┤ 3 salários mínimos. Durante o desenvolvimento dessa pesquisa, identificou-se uma elevação da distribuição de idosos com 1├┤3 salários mínimos. O número de morbidades aumentou nos três grupos ao longo do estudo, com maiores taxas entre os idosos que mudaram a dinâmica do arranjo domiciliar. Verificou-se que idosos do sexo masculino apresentaram menores chances de morar sozinhos (p=0,007) e mudar o arranjo domiciliar comparados às mulheres (p = 0,005). Ganhar menos de um salário mínimo diminuiu as chances de mudança do arranjo domiciliar em relação aos que ganham mais de três salários (p=0,034).

Conclusão:

os fatores determinantes do arranjo domiciliar foram o sexo e a renda, sendo que as variáveis capacidade funcional e número de morbidades não estiveram associadas ao desfecho analisado.

Descritores:
Idoso; Família; Envelhecimento

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