Resumo
Objetivo:
identificar aglomerados espaciais de abandono de vacinas de rotina em crianças.
Método:
estudo ecológico, segundo dados dos 853 municípios de um Estado brasileiro. Foram analisados registros das vacinas multidoses pentavalente, pneumocócica 10-valente, vacina inativada contra a poliomielite e vacina oral de rotavírus humano de 781.489 crianças menores de um ano de idade. A estatística scan espacial foi utilizada para identificar agrupamentos espaciais e medir o risco relativo a partir do indicador de abandono de vacinas.
Resultados:
a estatística scan espacial detectou a presença de aglomerados estatisticamente significativos para o abandono das quatro vacinas em todos os anos analisados. No entanto, o maior número de aglomerados com elevadas estimativas dos riscos relativos foi identificado no ano de 2020. Destaca-se as macrorregiões do Vale do Aço e Oeste; Norte e Oeste; e Sudeste para as vacinas pentavalente, poliomielite e rotavírus, respectivamente.
Conclusão:
na tentativa de mitigar o impacto devastador da pandemia de COVID-19, o programa de imunização retrocedeu. A presença de aglomerados aponta a necessidade de implementar estratégias integradas que possam envolver diferentes setores para a busca ativa de crianças e evitar surtos de doenças imunopreveníveis no futuro próximo.
Descritores:
Imunização; Saúde Pública; Criança; COVID-19; Análise Espacial; Estudos Ecológicos