OBJETIVO:
analisar as relações de masculinidade, vulnerabilidade e prevenção às doenças sexualmente transmissíveis/HIV/Aids entre adolescentes do sexo masculino, de um assentamento da reforma agrária do Brasil Central.
MÉTODO:
estudo qualitativo, utilizando-se como preceitos as vertentes das representações sociais com adolescentes assentados de 12 a 24 anos.
RESULTADOS:
emergiram três categorias − percepção de vulnerabilidade, gênero e vulnerabilidade e prevenção e vulnerabilidade relacionadas às doenças sexualmente transmissíveis/HIV/Aids. Os adolescentes sentem-se invulneráveis às doenças de transmissão sexual ancorados nas representações sociais favoráveis à hegemonia masculina. Demonstraram, em seus discursos, um desconhecimento sobre as formas de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis/HIV/Aids. Acredita-se que projetos institucionais como o Programa Saúde na Escola e o Programa de Atenção à Saúde do Homem constituem ferramentas imprescindíveis para minimizar fatores de vulnerabilidades nessa população, uma vez que a escola, reconhecida como equipamento social, promove a socialização de experiências e contribui para a construção da identidade do adolescente.
CONCLUSÃO:
Conclusão: as representações sociais da masculinidade colaboram para o comportamento vulnerável dos adolescentes na aquisição de doenças de transmissão sexual. Almeja-se que este estudo possa contribuir para a produção de conhecimentos e aperfeiçoamento técnico-científico dos profissionais, especialmente o enfermeiro, com vistas a discutir as questões relativas à sexualidade masculina dos adolescentes em situação de assentamento da reforma agrária.
Saúde do Homem; Adolescente; Masculinidade; Doenças Sexualmente Transmissíveis; Vulnerabilidade em Saúde