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Fatores associados à não adesão ao tratamento farmacológico de pacientes com insuficiência cardíaca* * Artigo extraído da dissertação de mestrado “Adesão ao tratamento farmacológico e comportamento de autocuidado de pacientes com insuficiência cardíaca”, apresentada à Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Enfermagem, São Paulo, SP, Brasil. Apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), processo nº 309586/2021-6, Brasil.

Resumo

Objetivo:

identificar os fatores que contribuem para a não adesão ao tratamento farmacológico de pacientes com insuficiência cardíaca.

Método:

estudo transversal e analítico que utilizou a escala de Medida de Adesão ao Tratamento para avaliar a não adesão ao tratamento farmacológico. Variáveis independentes foram coletadas utilizando-se a European Heart Failure Self-care Behavior Scale e um instrumento elaborado pelos autores, baseado em estudo anterior. Foram utilizados testes estatísticos para análise dos dados, sendo considerados significativos os valores de p≤0,05.

Resultados:

a amostra foi composta por 340 pacientes. Desses, 9,4% foram classificados como não aderentes. Os resultados da análise múltipla mostraram que o aumento de uma unidade no escore de autocuidado leva a um aumento de 8% na prevalência de não adesão do indivíduo; pacientes com renda familiar superior a três salários mínimos têm prevalência de não adesão ao tratamento igual a 3,5% da prevalência entre aqueles com até um salário mínimo; indivíduos que ingerem bebida alcoólica e sofrem de depressão têm prevalências de não adesão 3,49 e 3,69 vezes maiores, respectivamente, do que aqueles que não têm tais antecedentes.

Conclusão:

a não adesão ao tratamento farmacológico relacionou-se com comportamento de autocuidado, renda familiar, depressão e ingestão de bebida alcoólica.

Descritores:
Adesão à Medicação; Cardiologia; Cooperação e Adesão ao Tratamento; Cuidados de Enfermagem; Enfermagem; Insuficiência Cardíaca

Destaques:

(1) A adesão ao tratamento farmacológico relacionou-se com o comportamento de autocuidado.

(2) Pacientes com renda familiar maior que três salários têm menor propensão à não adesão.

(3) Outra associação com a não adesão ao tratamento farmacológico foi a depressão.


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