Objetivo:
analisar a influência das variáveis sociodemográficas, de contexto prisional, religiosidade e sintomas de depressão sobre a presença do pensamento suicida em uma população privada de liberdade.
Método:
estudo transversal, com abordagem quantitativa, realizado com 228 participantes, a partir de um questionário sociodemográfico, de contexto prisional e presença do pensamento suicida, da escala de Religiosidade de Duke e da Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21).
Resultados:
as variáveis que apresentaram correlação estatisticamente significativa foram: sexo feminino, não possuir companheiro(a), trabalhar dentro da penitenciária, ser réu primário e fazer uso de medicamento controlado, sendo que o sexo feminino possui 7,2 vezes mais chances de apresentar pensamento suicida, para cada ponto a mais no escore de depressão, aumenta em 21% nas chances e não possuir companheiro(a) aumenta em três vezes as chances de pensar em suicídio. Ainda que os escores de religiosidade tenham sido elevados, não apresentaram correlação estatisticamente significativa com a presença do pensamento suicida.
Conclusão:
o contexto prisional é complexo e contém peculiaridades que ensejam o acometimento dos agravos à saúde mental, bem como dos pensamentos autolesivos. Considerando a relevância do assunto em questão, esse trabalho se destaca diante da escassa produção científica acerca do tema.
Descritores:
Ideação Suicida; Prisioneiros; Depressão; Religião; Saúde Mental; Atenção à Saúde